Com maior incidência no estado do Rio Grande do Sul, esse cibercrime segue fazendo muitas vítimas na região por meio das redes sociais. Utilizando perfil feminino (fake), se aproximam de possíveis vítimas (normalmente homens casados), por meio das redes sociais (normalmente facebook) iniciam conversa amistosa e na sequência passam a trocar mensagens íntimas (normalmente nudes).
Alguns dias depois da troca de mensagens e fotos íntimas, um falso policial ou advogado entra em contato com a vítima, por meio do aplicativo de conversas WhatsApp, informa que ela trocou mensagens pornográficas com uma adolescente e que pretende um “acordo” em dinheiro para tratamentos psíquicos, sob pena de acionar a polícia, solicitar a prisão e comunicar à família e amigos os nudes enviados.
Tamanha a tortura psicológica sobre as vítimas que, por temer a divulgação de seus nudes, cedem e sofrem consideráveis prejuízos econômicos num ciclo de extorsão interminável. Há notícia de que algumas vítimas chegaram ao ponto de cometer suicídio por não suportar as ameaças de exposição pública de sua intimidade.
As vítimas dessa modalidade de crime cometem dois grandes erros:
1º- negligência: Disponibiliza nas redes sociais informações pessoais importantes para a execução do crime, como telefones de contato, dados familiares, profissionais, domicílio, local de trabalho etc;
2º- ingenuidade: Inaugura conversas e troca de mensagens com pessoa cuja identidade desconhece. Acredita estar com a situação sob controle, todavia, na internet, nem tudo é o que parece.
Muitos cibercrimes são possíveis graças à quantidade de informações privilegiadas que os usuários, por ingenuidade ou negligência, disponibilizam na Web, em especial nas redes sociais.
Já identificamos que a maioria dos golpes partem de terminais telefônicos com código de área 51 e são aplicados por presidiários. As investigações seguem com o objetivo de identificar e responsabilizar os criminosos, bem como recuperar as vantagens indevidas por eles auferidas.
A participação da comunidade é de extrema importância. Algumas dicas básicas:
1º- Seja comedido ao publicar informações pessoais nas redes sociais e WhatsApp;
2º- Desconfie sempre, principalmente quando se tratar de oferta tentadora (seja de natureza econômica, sexual, profissional) realizada por pessoa desconhecida. Lembre-se, milagres não existem no plano terreno;
3º- Não realize qualquer pagamento a quem quer que seja. Policial ou advogado que exigir vantagem indevida para não adotar providência legal está cometendo crime e deve ser denunciado;
4º- Na dúvida, procure a Polícia Civil imediatamente. Em Paraíso das Águas, ligue (67)3248-1393 e (67)99987-9940.
Fonte: Polícia Civil