A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está reavaliando a proibição do paraquate no Brasil e pode reverter a decisão nos próximos dias. O defensivo seria proibido a partir de 22 de setembro. Todas as propriedades rurais e comércios que utilizassem ou vendessem defensivos agrícolas a base do ingrediente, teriam os produtos apreendidos, seriam autuados e poderiam sofrer outras sanções.
A proibição foi determinada pelo órgão em 2017 após uma reavaliação reavaliação toxicológica do produto em 2008 que determinou a alta toxicidade e riscos à saúde como mutações genéticas e doença de Parkinson nos trabalhadores que o aplicam.
O paraquate é proibido na União Européia desde julho de 2007. Na Suécia, é proibido desde 1983. No total mais de cinquenta países já baniram. Recentemente, China, Vietnã e Tailândia também anunciaram a proibição. No Brasil o defensivo ocupa o oitavo lugar no ranking dos agrotóxicos mais vendidos no Brasil. É usado principalmente, para dessecação da soja antes da colheita. Veja mais detalhes no AgrolinkFito.
Parlamentares e o Ministério Público do Mato Grosso do Sul já entraram com ações e se mobilizam para evitar que substância continue a ser usada na produção agrícola, que resulta em recusa de mercados internacionais e que o decreto passe a valer de fato em 22 de setembro. Não são conhecidos os motivos que levaram a Anvisa a colocar a revisão em pauta e agência não quis se pronunciar.
Por: AGROLINK –Eliza Maliszewski