Seis possíveis casos de reinfecção por coronavírus, em Goiânia e Aparecida de Goiânia, estão em análise pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em todos essas situações, servidores da saúde teriam contraído a doença, tratados e diagnosticados novamente com resultado positivo em teste de RT/PCR, em períodos diferentes. A Secretaria de Saúde ainda faz um levantamento para averiguar se há mais casos como os relatados.
Uma das hipóteses apontadas é de que há pessoas com o PCR positivo persistente, por até 90 dias, segundo apontam pesquisas.
A superintendente de Vigilância em Saúde, da SES, Flúvia Amorim, aponta que, por se tratar de uma doença nova, as evidências apontam para um tipo de pessoa com PCR persistente. O que pode ser o caso dos servidores goianos.
Dúvidas
A partir destes relatos, a Secretaria está fazendo investigação para saber de onde, como e quando apareceram os sintomas nos servidores que teriam sido reinfectados. Ainda será feito um levantamento do tipo de metodologia utilizado pelo laboratório que realizou os exames, o que pode contribuir para uma sensibilidade maior ou menor do teste. O intuito é saber se os resultados podem ser comparáveis entre si.
“É uma doença nova e há muitas perguntas sem resposta. Por exemplo, por quanto tempo a imunidade dura? É possível ter reinfecção? Hoje a literatura não tem nenhum caso comprovado de reinfecção. Mas já há casos de persistência de detecção de RNA em amostras de pacientes”, explica Flúvia.
A partir dos resultados dos testes, foi criado um grupo, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), técnicos da pasta e profissionais das secretarias municipais para a investigação do caso.
Goiás possui 97.425 casos confirmados e 2.213 mortes no acumulado. Deste total, 87.363 já se recuperaram da doença.
* Mais Goiás – Eduardo Pinheiro