Justiça aguarda MPF para decidir sobre prisão de pilotos que tentaram fugir de caças da FAB

Seguem presos os pilotos Nélio Alves de Oliveira, de 70 anos, e Júlio César Lima Benitez, de 41 anos, interceptados por caças da (Força Aérea Brasileira) no domingo (03), em Mato Grosso do Sul, e flagrados cada um com uma aeronave recheada de cocaína. A aguarda manifestação do MPF (Ministério Público Estadual) para decidir se a dupla segue presa ou não.

O advogado de defesa, Fábio Carvalho Mendes, explicou que o auto de prisão em flagrante lavrado pela Polícia Federal foi encaminhado ao MPF que, por sua vez, deve encaminhar a manifestação ao juiz. O procedimento é feito desta forma já que não estão sendo realizadas audiências de custódia por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19).

Durante interrogatório, os dois pilotos manifestaram o direito de ficarem calados. Conforme já noticiado, a interceptou, em operações simultâneas,  duas aeronaves classificadas como suspeitas, segundo informações de inteligência da PF, que apontavam que elas poderiam estar associadas ao tráfico de entorpecentes.

As ações envolveram quatro caças A-29 Super Tucano da FAB e um E-99, além de todo o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro. Na primeira ação, uma aeronave monomotor, modelo EMB-720 Minuano, foi interceptada a nordeste de Campo Grande. O monomotor foi abordado por um A-29 e passou pelos procedimentos de averiguação e persuasão.

A aeronave era pilotada por Júlio César e foi escoltada até o obrigatório em Rondonópolis (MT), onde a PF assumiu as ações. O piloto da aeronave foi preso em flagrante e 487 quilos de cocaína foram apreendidos.

Na segunda ação, um bimotor B-58 Baron foi interceptado a sudoeste de Campo Grande, sendo orientado a pousar em Três Lagoas. O bimotor, pilotado por Nélio, não cumpriu as determinações dos órgãos de Defesa Aérea e evadiu-se, realizando pouso forçado em campo não preparado, localizado em Invinhena, com cerca de 518 kg de cocaína a bordo.

 

 

*Midiamax – Renan Nucci