Cassilandia: Polícia investiga omissão de socorro em morte de idosa diagnosticada com covid

A família de idosa de 60 anos recorreu à Polícia Civil para averiguar suspeita de omissão de socorro, ocorrida durante a transferência dela da Santa Casa de Cassilândia para Chapadão do Sul, depois que teve resultado positivo para covid-19. A paciente morreu no mesmo dia.

O boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil de Cassilândia, a 435 quilômetros de Campo Grande ontem à tarde, pela nora da idosa, mas o fato aconteceu no dia 11 de julho.

Naquele dia, por volta das 11h, a mulher de 33 anos foi visitar a sogra, que estava se sentido fraca e com dores nas costas. Como tinha plano de saúde, foi levada a um hospital particular da cidade. A idosa foi atendida pelo médico plantonista que deu medicação, não informada no boletim de ocorrência, e fez teste rápido para novo coronavírus (covid-19), atestando positivo para a doença.

Medicada, não sentiu mais dores nas costas, mas por conta do resultado positivo para covid, foi transferida para a Santa Casa de Cassilândia. A nora dela deixou contato para qualquer emergência.

Mais tarde, soube que a irmã da idosa foi até a Santa Casa e ficou sabendo que a paciente estava sendo transferida para hospital em Chapadão do Sul, cidades que ficam a 104 quilometros de distância uma da outra.

No relato da irmã, consta que a idosa teria saído inconsciente da Santa Casa e chegou a Chapadão do Sul por volta das 18h daquele dia. Com batimentos a 40 bpm, foi submetida a massagem cardíaca.

No boletim de ocorrência, consta que o médico em Chapadão do Sul teria dito que a paciente foi intubada de forma incorreta em Cassilândia e que o oxigênio havia acabado antes mesmo que a ambulância chegasse ao hospital. A nora da idosa relatou à Polícia Civil que, segundo este médico, ela deveria ter sido transportada em ambulância de UTI.

Enquanto ainda estavam providenciando a documentação da transferência do hospital, chegou a informação de que a idosa tinha morrido. Ontem, a família registrou boletim de ocorrência para averiguar se houve omissão de socorro por parte da Santa Casa de Cassilândia.

A reportagem entrou em contato com a Santa Casa de Cassilândia e a informação é que somente o diretor clínico do hospital poderia falar sobre o assunto, mas ele ainda não retornou contato. –

FONTE CAMPO GRANDE NEWS – Silvia Frias –