Estudo diz que pico do coronavírus em MS chegará em 13 dias, junto com colapso na Saúde

Estudo matemático elaborado por professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aponta que o pico do coronavírus, que causa a Covid-19, será no dia 10 de agosto no Estado, daqui 13 dias.

As pesquisas realizadas pelos professores Erlandson Saraiva e Leandro Sauer indicam ainda que o colapso do sistema público de saúde em relação aos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) deve ocorrer em seguida, no dia 11 de agosto, conforme projeções do modelo Gompertz.

O documento ressalta que no período de 30 de junho a 26 de julho, houve aumento de 170,11% no número de casos em MS, que saltou de 7.965 para 21.514.

á para Campo Grande, a situação é mais delicada. A estimativa dos pesquisadores, baseados em modelos matemáticos, é de que o crescimento continue até o dia 23 de setembro, quando a Capital pode bater os 86.325 casos. Só depois disso veríamos uma diminuição no número de infectados pela Covid-19. “Os dados mostram que a quantidade de casos dobra em média a cada 13 dias”, explicam os pesquisadores.

Já com relação aos leitos de UTI, é estimado para 16 de agosto a superlotação. “Esses resultados mostram a necessidade de a população continuar seguindo as orientações de especialistas da área da saúde para se manter o isolamento social sempre que possível. Este procedimento é necessário para que as quantidades registradas em uma semana estejam sempre abaixo da curva estimada. Pois somente desta maneira obteremos o desejado “achatamento” da curva e evitaremos o colapso do sistema de saúde pública da cidade de Campo Grande”, avaliam.

Situação

O último boletim epidemiológico, divulgado nesta terça-feira, indica que Mato Grosso do Sul já tem 22.443 casos confirmados de Covid-19. Destes, 641 são de novos casos confirmados em relação à última atualização. Então, quase metade (302) desses novos casos foi registrado somente em Campo Grande.

Ainda, Mato Grosso do Sul soma 328 mortes, um índice de letalidade de 1,5%. A maioria deles, 106, foram em Campo Grande. Outros 53 em Dourados e 31 em Corumbá.

Na macrorregião de Campo Grande, outro dado que preocupa as autoridades é a ocupação de leitos, que está em 96%.

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