O ex-secretário de Obras do Estado de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto, saiu da cadeia logo depois da meia noite desta quarta-feira (11), por meio de alvará de soltura, expedido pelo Poder Judiciário. Giroto ocupava uma cela do Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), desde a manhã de ontem (10), quando havia sido preso em cumprimento de mandado de prisão temporária.
Além dele, foram presos: Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.
Edson Giroto conseguiu o alvará, por meio do advogado Valeriano Fontoura. Informações iniciais apontam que Maria Wilma Casanova também foi solta durante a madrugada.
O CASO
Segundo o Ministério Público, denúncia que motivou ação de força-tarefa contra o ex-secretário de Obras Edson Giroto, o empreiteiro João Amorim, e outras sete pessoas teria sido feita pelo atual titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Marcelo Miglioli em relação a contrato de R$ 6,8 milhões. Os prejuízos aos cofres públicos foram de pelo menos R$ 2,9 milhões, conforme o MP.
A reportagem do Portal Correio do Estado apurou que Miglioli foi o responsável por produzir relatório que atestou os maus serviços prestados pela Proteco Construções, empreiteira de Amorim, em relação à recuperação da MS-228, em Corumbá, distante 444 quilômetros da Capital.
A Proteco venceu a licitação em abril do ano passado e pelo serviço de “aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens” recebeu R$ 6,8 milhões dos cofres estaduais.
Com a rodovia em más condições, a atual gestão da secretaria encaminhou documentos ao Ministério Público Estadual (MPE). A 29ª Promotoria de Justiça, sob comando do promotor Thalys Franklyn de Souza, assumiu o caso que culminou nas nove prisões na manhã desta terça-feira (10).
Correio do Estado