Morre Júlio Martins um dos fundadores de Chapadão do Sul

Morreu na tarde deste sábado (13), o comendador, e um dos fundadores e colonizadores de Chapadão do Sul, Júlio Alves Martins, de 91  anos. Seu Júlio como era conhecido, passou mal em sua fazenda que fica as margens da MS 306. Ele foi socorrido pelo corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Municipal, mas acabou falecendo, vitima de infarto.

Ainda não há informações sobre o inicio do velório  ou seu sepultamento.

História de vida de Júlio Alves Martins  segundo site oficial da Câmara Municipal quando seu Júlio foi homenageado

Em 19 de dezembro de 1928, nasce Júlio Alves Martins, em um sítio localizado no município de Ijuí, no Rio Grande do Sul.

Foi aos 6 anos de idade que o filho de uma norte-americana e de um gaúcho, o mais velho de nove irmãos, viu pela primeira vez um avião. Naquela época, ninguém poderia imaginar que ali se encontrava um futuro aviador, desbravador da área central do Brasil, fundador de uma cidade.

Foi seu pai quem lhe explicou o que era aquele? Objeto misterioso, retinindo faíscas de luz?.

O menino cresceu no sítio, trabalhando duro na roça, alimentando-se das delícias preparadas por Maria Teresa, sua mãe, e ouvindo as histórias de Rosendo, seu pai, até que um dia, na virada de seus 18 anos, foi convocado para o serviço militar.

No quartel, aprendeu a dirigir e consertar caminhão, tirar e revelar fotografias, datilografar. Mais tarde, já fora do exército, tais aptidões o ajudariam a reunir o dinheiro necessário para convencer o pai de sua amada de que ele era um bom partido.

Quatro longos anos dura o namoro de Zilda e Júlio. Casam-se, finalmente, em 17 de maio de 1953, na cidade de Frederico Westphalen.

Entre 1951 e 1956, Júlio Martins e mais dez companheiros fundaram o Aeroclube de Frederico Westphalen. Com o Ministério da Aeronáutica cedendo aviões a aeroclubes em todo o país, esse empreendedor de cerca de 24 anos viu mais próximo de se tornar realidade o seu antigo sonho de voar.

Júlio Martins, com um olhar sempre à frente de seu tempo, passou a táxi aéreo no interior do Rio Grande do Sul.

Num desses voos, trazendo um cliente para ver umas terras no oeste do país, Júlio Martins aterrissa em pleno mato, numa região conhecida como Pouso Frio. Inicia-se ali um leva-e-traz de fazendeiros para examinar aquelas terras fecundas. Muitas vendas foram então intermediadas, até que o aerotaxista decide comprar o seu próprio pedaço de chão e por ali montar acampamento.

Desde então, houve muito trabalho, investimento de tempo e dinheiro, até que, em 29 de junho de 1980, o desbravador das terras centrais do país apresenta à Assembleia Legislativa Estadual um requerimento para a criação de um distrito no município de Cassilândia. O nome: Chapadão do Sul. Após vinte meses de atravancos políticos, em 25 de fevereiro de 1981, o loteamento foi passado em cartório.

Mas o trabalho estava apenas começando. O que Júlio Alves Martins queria era um município emancipado, até que em 23 de outubro de 1987 ? Dia do Aviador?, após processo liderado pelo fundador, o Município foi criado.

Até os dias atuais, Júlio Martins e parte de sua família vive em Chapadão do Sul, onde segue com os seus negócios de corretagens e vendas dos lotes da gleba que originou a cidade de Chapadão do Sul.

Júlio Martins e Dona Zilda tiveram quatro filhos Julinê, Evalda, Loridani e Loiva.  ( Câmara Municipal de Chapadão do Sul)