Uma mulher de 41 anos e a filha dela, de 21 anos, foram presas apontadas como responsáveis por negociarem a virgindade de uma menina de cinco anos. O caso aconteceu em Chapadão do Sul, e só foi descoberto depois da prisão do homem que seria o cliente.
Segundo informações do delegado Danilo Mansur, a criança era, respectivamente, neta e filha das suspeitas e foi entregue ao pai depois de decisão judicial.
O caso veio à tona depois de um investigador da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) ter recebido denúncia. Uma investigação teve início até que um homem foi preso em Campo Grande e informou à polícia como teria obtido as imagens de crianças em posições sensuais.
Em uma das imagens obtidas pela Polícia Civil, uma criança de cinco anos estava com um vibrador na boca.
A avó da menina foi presa em Santa Fé do Sul (SP). Ela havia se mudado recentemente para a cidade, que fica a 278 quilômetros de Chapadão do Sul. A mãe da criança foi detida no município sul mato-grossense.
CONTRADIÇÃO
Na delegacia, a jovem teria se mostrado surpresa ao ver imagens de crianças nuas e fazendo poses com conotação sexual. O delegado ainda apresentou uma imagem em que ela e a filha apareciam juntas, comprovando a participação e o consentimento dela com os abusos. “Ela entrou em contradição”, explica Mansur.
À reportagem do Portal Correio do Estado, o delegado contou que o histórico de abusos naquela residência é anterior a este caso. Isso porque antes de “oferecer” a neta, a mulher de 41 anos teria praticado os mesmos abusos contras as duas filhas dela: além da jovem de 21 anos, ela tem outra de 12.
Na época, as meninas eram fotografadas nuas e com objetos sexuais e depois tinham as fotos compartilhadas pela mãe com outros homens.
Os policiais apreenderam celulares, computadores, CD’s e um pen drive que serão enviados para análise pericial. Outras crianças também foram vistas nas imagens, mas ainda não foram identificadas.
A criança foi submetida a exame de corpo de delito e a polícia não descarta a possibilidade de ela ter sido violentada. Segundo o delegado, o resultado do laudo ainda não foi divulgado.
Dentre outros crimes, os envolvidos serão investigados pela produção de atividade fotográfica utilizando-se de criança ou adolescente em cena pornográfica, com pena de reclusão de 3 a 8 anos.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para não atrapalhar as investigações e preservar a identidades das vitimas.
Relembre o caso em materia publicada semana passada
Correio do Estado