Boletim epidemiológico da secretaria estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) aponta que foram confirmados nesta quarta-feira (20), 52 novos casos de covid-19 no estado e que o número total de registros chegou a 693. Outros 770 casos suspeitos estão em investigação.
Nesta quarta, a SES informou que mudou sua fonte de dados sobre os casos da doença no estado. Antes a Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária (CEVE) puxava manualmente as informações e inseria caso a caso no boletim. Agora se baseia Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e no E-SUS VE, que são alimentados pelos municípios.
De acordo com a SES, com a mudança na base de dados, Bodoquena que foi inserido no boletim desta terça-feira (19) com um caso, foi excluído, com o seu registro, no levantamento desta quarta.
Dessa forma, o estado que ontem (19) contabilizava 642 casos, em 40 municípios, teria, de acordo com a SES, na verdade 641, em 39 cidades. A secretaria atribuiu o erro aos municípios, que são os responsáveis por alimentar as bases de dados que estão sendo utilizados a partir desta quarta.
Nesta quarta-feira, a SES confirmou casos nos seguintes municípios: Guia Lopes da Laguna 13, Campo Grande 6, Fátima do Sul 6, Dourados 5, Douradina 3, Vicentina 3, Ponta Porã 3, Bataguassu 3, Brasilândia 2, Paraíso das Águas 2, Três Lagoas 2, Camapuã 1, Deodápolis 1, Glória de Dourados 1 e Jardim 1.
Com os novos registros, Campo Grande chegou a 194 casos confirmados, Guia Lopes da Laguna a 118, Três Lagoas a 104, Dourados a 72 e Jardim a 23.
A SES apontou que dos 693 casos registrados no estado, 390 pessoas estão em isolamento domiciliar e outras 27 estão internadas. No grupo de hospitalizadas, 3 são de moradores de outras unidades da federação e os casos não são contabilizados para Mato Grosso do Sul. Já se recuperaram da doença 259 pessoas.
Nesta quarta também foi confirmada a 17ª morte em razão da covid-19 em Mato Grosso do Sul. A vítima era uma idosa, de 83 anos, moradora de Campo Grande. Ela estava internada em um hospital particular da cidade e tinha várias comorbidades: doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão, cardiopatia e obesidade.
Leitos de UTI
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, destacou novamente a preocupação com o crescimento do número de casos no estado, porque, conforme ele, estudos indicam que para cada grupo de 100 pacientes, entre 8% e 10% vão precisar de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), além de leitos clínicos.
Ele explicou que esses estudos demonstram como pode aumentar a demanda por leitos de UTI no estado e daí a importância das medidas tomadas em parceria com os municípios para construir a rede de atendimento e das ações de prevenção a contaminação, especialmente para as pessoas que tem comorbidades, como diabetes e hipertensão, que caso sejam infectados, poderão precisar dos leitos de terapia intensiva.
O secretário destacou ainda que o Diário Oficial da União desta quarta trouxe a habilitação pelo Ministério da Saúde de 77 novos leitos de UTIs no estado, muitos em Campo Grande, 37, totalizando 157 leitos já habilitados em Mato Grosso do Sul. Ele apontou que em uma primeira leva o governo federal havia habilitado 60 leitos, depois mais 20 e que agora o estado tem 157 novos leitos, dos 214 leitos que conseguiu implantar em parceria com os municípios, principalmente as cidades que são sedes de microrregiões.
“O legado da pandemia não vai ser somente na nossa economia e no número de mortes, mas em Mato Grosso do Sul vamos conseguir a estruturação e regionalização da saúde pública em média e alta complexidade. Teremos leitos em todas as microrregiões. Agora no sudoeste, onde vamos colocar 5 leitos de UTI em Jardim”, comentou.
Confira aqui o Boletim Epidemiológico desta quarta-feira (20)
Por Anderson Viegas, G1 MS