Em poço e até no piso de casa: frieza de pedreiro serial killer ao esconder corpos surpreende a polícia
Pode chegar a oito o número de vítimas do serial killer Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, preso na madrugada de sexta-feira (15) em Campo Grande. Longe de qualquer suspeita, o pedreiro – que matava e enterrava suas vítimas -, era conhecido na região onde morava, na Vila Alto Sumaré, região da Planalto. “Não imaginávamos que seria capaz de matar uma mosca”, diz um vizinho. A frieza com que o pedreiro relata os crimes surpreende até a polícia.
Neste sábado (16) policiais militares e da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) desenterraram o corpo da sétima vítima: Timotio Pontes Roman, 62 anos. O aposentado foi morto a pauladas e o corpo jogado em um poço nos fundos da residência onde morava, na Vila Planalto. Vizinhos, que conheciam Timotio ficaram chocados com o crime, já que era conhecido e querido na região.
Cleber não passava perto de qualquer suspeita: “um homem trabalhador”, relataram os moradores da rua Corredor Público, onde o serial killer chegou a morar. A residência, inclusive, pertencia a seu primo – Flávio Pereira Cece, 34 anos -, também assassinado e enterrado por ele. A casa foi vendida logo depois pelo serial por R$ 50 mil.
7 vítimas
Cleber foi preso na última sexta-feira (15) e inicialmente seria suspeito de matar José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos. O idoso morava em uma casa na Vila Nasser e o corpo foi encontrado enterrado no quintal. Após sua prisão, veio à tona uma série de homicídios cometidos por ele. Para a polícia as vítimas de Cleber eram pessoas que viviam sozinhas e não tinham familiares ou conhecidos em Campo Grande.
Roberto Geraldo Clariano
Roberto tinha 48 anos e estava desaparecido desde o dia 23 de junho de 2018. Ele foi visto pela última vez quando saía para trabalhar naquele dia no terreno, no Recanto dos Pássaros. Cleber contou para a polícia que matou Roberto, conhecido como ‘Cenoura’, quando o contratou para um serviço no terreno na Avenida José Roberto Barbosa, no Recanto dos Pássaros. Os dois teriam discutido e, com uma pancada na cabeça usando uma picareta, Roberto foi assassinado e enterrado no local.
José Jesus de Souza
No dia 11 de maio, um conhecido procurou a DEH para relatar o desaparecimento de José. Morador na Vila Nasser, ele tinha sido visto pela última vez por conhecidos no final de fevereiro e o amigo desconfiou ao ver que outras pessoas já estavam morando na casa dele, sem que ele tivesse se despedido.
Segundo o amigo, ele conhecia José há aproximadamente seis anos e teve o último contato com ele em dezembro de 2019. José veio da Bahia e não tinha familiares em Mato Grosso do Sul. Após algum tempo sem notícia do vizinho, o amigo viu uma placa de vende-se na casa dele.
Pouco tempo depois, viu uma família de desconhecidos começar a morar no local. Entre eles, estava Cleber, que foi prontamente reconhecido pelo amigo da vítima.
Hélio Taira
Hélio tinha 73 anos de idade e estava desaparecido desde novembro de 2016. Conforme apurado, Cleber fazia reforma em uma residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam. Cleber matou o idoso e enterrou o corpo no local.
Claudionor Longo Xavier
Claudionor estava desaparecido desde o mês de abril do ano passado. O corpo dele estava enterrado no mesmo terreno onde a terceira vítima foi encontrada, um terreno na região próximo ao Portal Panamá e Recanto dos Pássaros, oeste de Campo Grande. De acordo com as primeiras informações, Cleber matou Claudionor a pauladas, enterrou seu corpo e vendeu a moto da vítima na OLX.
Flávio Pereira Cece
Flavio tinha 34 anos, era primo de Cleber e dono do imóvel, vendido posteriormente por Cleber. Flavio foi assassinado e enterrado no local, na Vila Alto Sumaré.
Timotio foi o último corpo localizado pela Polícia Civil, neste sábado (16). As investigações continuam e a polícia não descarta que Cleber tenha cometido outros crimes. Com sete homicídios, caso condenado, Cleber pode pegar mais de 200 anos de prisão.
*Midiamax – Dayene Paz