Boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta quinta-feira (7) aponta que Mato Grosso do Sul totalizou, às 10h desta manhã, 311 casos confirmados – 23 a mais em relação aos dados fechados na quarta-feira (6), com segundo maior surto de notificações em 24h. Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende criticou a realização de ‘festinhas familiares’, que disseminam o Covid-19 no Estado.
Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende destacou que Mato Grosso do Sul é o Estado com menor incidência de casos, mas que é preciso seguir atento, mantendo distância social, lavando as mãos constantemente e usando máscaras. Sempre que possível, é preferível ficar em casa. Secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, explicou que o melhor presente neste final de semana para o Dia das Mães é manter a distância e cada família ficar na sua casa, evitando festas familiares.
Os números desta quinta indicam um total de 3.308 casos notificados, dos quais 2.944 foram descartados após testagem e 21 excluídos por não apresentarem sintomas da Covid-19. Há, além dos 311 casos confirmados, 21 casos sob investigação e 10 mortes.
os 23 casos, 22 estão em isolamento domiciliar e 1 está internada em Mato Grosso, por ser moradora daqui e estar em viagem. Campo Grande segue na liderança do volume de casos confirmados, seguida de Três Lagoas, confirmando tendência de aumento nessas duas localidades. Sonora, Dourados, Nova Andradina, Chapadão do Sul; Batayporã; Corumbá; Ladário; Mundo Novo, Bataguassu, Paranaíba, Alcinópolis, Paraíso das Águas, Selvíria, Rio Verde de Mato Grosso, Miranda, Coxim, Naviraí, Sidrolândia, Ponta Porã, Jateí, Brasilândia e Guia Lopes da Laguna, essas duas últimas cidades com os primeiros casos confirmados na terça.
Ao todo, 19 pessoas estão internadas em Mato Grosso do Sul pelo novo coronavírus, sendo 7 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). 93 pessoas estão em isolamento domiciliar e 189 estão recuperados.
Em relação a incidência por habitante, Sonora lidera o índice em Mato Grosso do Sul.
Festinhas
“A maioria de casos vem de quebra de isolamento, principalmente em festinhas familiares, que as pessoas acham inofensivas, mas contaminam várias pessoas. Em um distrito de Caarapó, por exemplo, duas pessoas de São Paulo vieram para um culto e contaminaram mais de 30 pessoas, que agora precisam ficar em isolamento”, relatou.
O secretário também citou o caso do frigorífico de Guia Lopes da Laguna, que precisou fechar e dar férias coletivas por 15 dias para mais de 400 funcionários por causa de um caso confirmado que, mesmo com sintomas, continuou a trabalhar e contaminou os demais funcionários.
Em Brasilândia, uma família se reuniu e deixou diversas pessoas contaminadas após o aniversário de uma idosa. Resende lembrou que diversas pessoas que precisaram ficar internadas relatam a dificuldade do uso da ventilação mecânica, que é pesada.
“Não é nada fácil ficar internado em um leito de UTI. Nós precisamos deixar claro o óbvio. Essa é uma doença nova, sem vacina ainda, sem remédios. Então a única alternativa encontrada até o momento como eficiente é ficar em casa sempre que possível. A adesão de Mato Grosso do Sul ao isolamento social é a pior do Brasil, isso é o que mais nos envergonha”, destacou.
*Midiamax – Evelin Cáceres