O asfalto da rodovia MS-223, que liga os municípios de Costa Rica e Figueirão, nem foi inaugurado e já está esburacado. Ao todo, foram investidos mais de R$ 90 milhões do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) numa das mais importantes obras da região. No entanto, o que foi visto até o momento não empolga e coloca em cheque a qualidade do trabalho executado.
O projeto prevê asfalto em 61 quilômetros de extensão no empreendimento que amplia a malha viária estadual pavimentada e abre uma nova opção de escoamento da produção regional – boi, grãos, milho, cana-de-açúcar e algodão. A obra é executada em duas frentes e conforme a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), 60% já foram concluídos.
De Costa Rica a Figueirão, são 32,5 quilômetros e a construtora responsável é a Engenharia e Comércio Bandeirantes LTDA, que recebeu R$ 42 milhões. No sentido oposto, com 28 quilômetros, a construtora é a Vale do Rio Novo, que recebeu aporte de R$ 50 milhões. Segundo o site MS Todo Dia que passou pela região e, especificamente no trecho que parte de Costa Rica para Figueirão, se deparou com buracos na pista e com equipes fazendo a manutenção e recapeamento na estrutura que começou a ser construída em 2018 e que sequer foi inaugurada.
No trecho de Figueirão para Costa Rica, a empresa responsável pediu aditivo de contrato em R$ 1,8 milhão, autorizado pelo Estado em fevereiro deste ano. Questionada sobre a situação das obras, a Agesul informou que o asfalto vai encurtar a distância de acesso entre outras cidades da região e alegou que os buracos são resultado o fluxo do veículo de cargas, principalmente por conta do escoamento da produção de cana. O primeiro trecho fica pronto ainda em 2020 e o segundo em 2021.
“Desta forma, com o crescente volume de veículos e o porte das composições de carga, o pavimento fica sujeito a danos pontuais, situação comum nas rodovias. No entanto, as empresas estão realizando as manutenções necessárias ao longo dos respectivos trechos, e em razão da mudança no comportamento do tipo de tráfego, será feita uma camada adicional de pavimento, a fim de assegurar proteção à estrutura do pavimento existente”.
FONTE: MS TODO DIA