O presidente do Paraguai, Mario Abdo, disse na manhã desta segunda-feira (27) que as aulas na rede pública continuarão suspensas por mais 6 meses, até dezembro. O anúncio foi feito a impressa no Palácio de los López, em Assunção.
“Isso significa que as escolas, os colégios, os alunos, menores de idade, que constitucionalmente são responsabilidade do Estado, tem cuidar da saúde com o apoio dos seus pais, temos que trabalhar com eles. Reitero que estamos seguindo os protocolos sanitários porque acreditamos, primeiro é nossa obrigação constitucional cuidar da Saúde, por mais que há evidencias cientificas que as crianças não são tão vulneráveis a doença”, afirmou.
O governo ainda disse que o setor educacional é vulnerável para a propagação do vírus por envolver uma quantidade grande de pessoas. O Ministério da Saúde paraguaio ainda justificou a suspensão das aulas alegando que a chegada do inverno pode agravar a situação.
Na contramão dessa decisão, o governo do Paraguai anunciou flexibilizações da quarentena que começou no início de marco. A partir do dia 4 de maio, fábricas, oficinas e prestadores de serviço poderão reabrir.
Em uma segunda fase, no dia 25 de maio, pequenas lojas do varejo, escritórios e o setor da construção civil também poderão voltar a operar, além de eventos esportivos sem expectadores. Na fase 3, que entra em vigor no dia 15 de junho, fica autorizada a abertura de grandes lojas com mais de 800 m² e academias de ginástica.
Lado brasileiro na fronteira já fez a flexibilização
A cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, em Pedro Juan Caballero, já havia permitido a reabertura parcial do comércio e até de academias de ginástica. Na quinta-feira (23), um novo decreto da prefeitura afrouxou ainda mais a quarentena com a permissão do funcionamento de bares e lanchonetes das 16h às 22h. A fronteira entre os dois países continua fechada desde 18 de março.
Por Ricardo Freitas, G1 MS