A Saúde Pública por Mato Grosso do Sul se preparou para conseguir dar vazão aos pacientes de coronavírus (Covid-19) e evitar situações como as registradas em Estados como Amazonas e Ceará –onde a falta de leitos de UTI faz pacientes e corpos dividirem corredores em hospitais.
Aliada a estratégias de isolamento domiciliar que, mesmo perdendo adesão, impediu um “estouro” de casos, a medida resultou em uma taxa de ocupação de 5,3% do total de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de 1,2% para os leitos convencionais. Ao todo, são mais de mil leitos nas duas modalidades abertos para dar suporte durante a pandemia.
Os dados foram apresentados neste domingo (26) pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, em balanço que apontou aumento de 17 casos de Covid-19 no Estado, totalizando 234 –dos quais 114 já estão recuperados. “São pessoas que já venceram a quarentena e que estiveram internadas, seja em enfermaria ou leito de UTI, e tiveram alta hospitalar”, destacou ele.
Geraldo disse que, em trabalho com as secretarias municipais, foi montada uma estrutura de fornecimento de leitos clínicos e de UTI por todo o Estado, em diferentes cidades. “É um processo de construção. Podem acontecer modificações amanhã como também depois, assim que forem habilitados pelo Ministério da Saúde”, destacou. Até o momento, o Estado contabiliza 866 leitos clínicos, dos quais apenas 10, neste momento, têm pacientes com coronavírus. Com isso, a taxa de ocupação é de 1,2%
Já em relação às UTIs, Geraldo afirma que são 151 leitos no total, com expectativa de chegar a 211. Destes, 8 são usados por pacientes com Covid-19, uma taxa de ocupação de 5,3%.
Isolamento social
O secretário de Estado de Saúde afirma que, com tais números, há até o momento a garantia de que “todos os cidadãos de Mato Grosso do Sul têm condições de tratamento, diferente do quadro de outras unidades da federação” nas quais, frisou, “vê um completo colapso do sistema público de saúde”.
Apesar da estrutura de suporte a pacientes, Geraldo afirma que a manutenção do isolamento social, para que se atinjam índices de até 70%, são mais efetivas para conter a circulação do vírus. Hoje, esse percentual de adesão está em 46,4%.
Os dados foram reforçados pela secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, que, durante o relatório, apontou dados que indicam aumento no volume de casos conforme o isolamento cai, ao mesmo tempo que, com a tendência de aumento na testagem da população, o volume de confirmações de infecção por coronavírus aumente.
Midiamax – Humberto Marques