Coluna Ampla Visão: Saúde – fator decisivo na política?
‘BUTANTAN’ Aquela pesquisa onde o ministro Mandetta foi bem avaliado inclusive eleitoralmente pode ter sido a gota que faltava, embora ele não tivesse avançado o sinal e nem sido picado pela mosca azul. Além das discordâncias com o presidente Bolsonaro pesa suas ligações com o governador Caiado (Goiás) e outros políticos do DEM. Uma situação previsível, mas num momento inoportuno e delicado. Muito veneno no Governo. As perguntas: Mandetta aguentará até quando? Qual a próxima atitude de Bolsonaro? Se o ministro sair – seu substituto seguirá sua linha comportamental?
APOSTAS Claro que a saúde desagua na economia e por extensão chega a política. Essa é a visão clara que se tem inclusive no cenário de Campo Grande. Lideranças de partidos oposicionistas ao prefeito Marcos Trad (PSD) querem aproveitar o episódio do coronavirus para desgastá-lo. As entrevistas e manifestações com carreatas inclusive em protesto contra as medidas proibitivas da prefeitura podem ou não atingir o prefeito, que tem se portado racionalmente. É cedo para avaliação do resultado destes embates nas urnas, mesmo porque o calendário eleitoral corre riscos caso a epidemia se agrave.
‘MILAGRES do coronavirus: Apagou o fogo da Amazônia, acabou com a seca do Nordeste, com a dengue, zica e chikunguia – não se fala mais da herança do Gugú, a Marielle finalmente descansa em paz – acabaram os assaltos, sequestros e as manchas de óleo nas praias – zeraram as balas perdidas, acabou a corrupção, pararam de falar do Flamengo, não tem mais aborto, acabaram as novelas e todo mundo passou a rezar.
COMPARE as opiniões e conclua comigo; o placar de 7 a 1 na Copa foi pouco: Para o brasileiro Guilherme Arana (Atlético Mineiro) “a redução salarial não se justifica; temos que ficar em casa para seguir as determinações passadas, mas os jogadores não tem nada a ver com isso’. Já para o alemão Manuel Neuer “somos privilegiados, temos que aceitar a redução salarial – o Bayern tem mil empregados e muitos outros ligados indiretamente em tarefas importantes – queremos ajuda-los com esse gesto”.
EM FRENTE: Inegável, existem problemas, mas muitos desafios vão sendo vencidos. Assistindo o vídeo das primeiras barcaças carregadas de soja deixando a plataforma do Porto de ‘Murtinho’rumo a Argentina fiquei convencido que o Governo acertou nesta aposta para exportar nossos produtos. Vejam bem; só neste primeiro trimestre mais de 10% da soja exportada pelo Estado saiu pelo Porto de Murtinho. Isso é só o começo! Pagamento aos funcionários e fornecedores em dia; obras em todas as áreas e vigilante no combate ao coronavirus dão ao Governo a imagem de estar efetivamente presente.
ASSEMBLEIA-1: Deputado Antonio Vaz (Republicanos) Presidente da Comissão que cuida dos assuntos da saúde atento a pandemia do coronavirus. Pediu a desinfecção das ruas da capital e a vacinação anti ‘influenza’. Deputado Lídio Lopes (Patriotas) entregou ambulância à Glória de Dourados e R$100 mil também de emenda ao combate ao coronavirus. Eleito Secretário de Turismo da Unale. Deputado Marçal Filho (PSDB) Requereu ao Governo ampliação do ‘Vale Renda’ e a suspensão da cobrança da próxima prestação do IPVA. Atento as atribuições parlamentares o deputado Lucas de Lima (Solidariedade) não perde o foco dos assuntos ligados a comissão que preside. Deputado Gerson Claro (PP) líder do Governo e membro da CCJR destinando mais de R$ 1 milhão para aparelhamento de hospitais de cidades do interior.
ASSEMBLEIA-2: Deputado Zé Teixeira (PSDB): requer a redução dos valores dos serviços cartorários. Deputado José C. Barbosa (DEM): comemora os investimentos da Sanesul em Dourados (rede coletora) no J. Guaicurus, Jequitibás, Cohab 2, Res. Sól Nascente, Pelicano. Deputado Contar (PSL): cobra melhor estrutura aos funcionários e órgãos da saúde e mais transparência nos contratos emergenciais do coronavirus. Deputado Neno Razuk (PTB): beneficiando 17 cidades na área da saúde com emenda de R$1.210 mil. Deputado Evander Vendramini (PP): requer a liberação dos alunos militares para fazerem os cursos em suas cidades. Comemora o adiamento do pagamento das parcelas de maio e junho do FCO – requerido pelo parlamentar.
FLASH BACH O último presidente eleito da Assembleia Legislativa do Mato Grosso (uno) foi Paulo Capiberibe Saldanha, eleito pela Arena em 1974 e com base eleitoral em Ponta Porã. Para exercer o resto do mandato presidencial assumiu o 1º vice presidente Cleomenes Nunes da Cunha. Saldanha ocupou o cargo de 15/03/1977 a 15/11/78 e se elegeu como deputado constituinte em 1978 em nosso Estado, mas em março de 1980 tomou posse como conselheiro do Tribunal de Contas e veio a aposentar em 20 de janeiro de 2012. Na sua vaga na Assembleia assumiu Manfredo Alves Correa.
PRESIDENTES (eleitos) Assembleia Legislativa do Mato Grosso (uno) de 1947 a 1978 em ordem cronológica decrescente: Paulo Saldanha, Nelson Ramos (duas vezes), Waldomiro Alves Gonçalves, José Cerveira, Renê Barbour, Emanuel Pinheiro (duas vezes), Augusto Mario Viana, Walderson Moraes Coelho, Edyl Pereira Ferraz, Manoel Oliveira Lima (duas vezes), Licínio Monteiro Silva, Wilson Dias de Pinho (duas vezes), Vicente Bezerra Neto, Rachid Mamede (duas vezes), Antônio C. Spinelli, Júlio Castro Pinto, Benedito Vaz de Figueiredo, Rosário Congro Neto, Clovis R. Cintra, Jary Gomes, Waldir dos Santos Pereira (duas vezes) e Virgílio Alves Corrêa Neto.
BARÃO DE LADÁRIO: Carioca, José da Costa Azevedo nasceu em 1825 e morreu em 1904. Oficial da marinha, estudou nos ‘USA’, lutou na Guerra do Paraguai, serviu na Comissão de Limites do Brasil com Uruguai e Peru percorrendo rios da Amazônia e participou do reconhecimento de limites com a Guiana Francesa. Na política foi deputado na Assembleia Geral pelo Amazonas, chegou ao Senado e foi Ministro da Marinha do Império. Segundo a história ele teria sido a única vítima da Proclamação da República ao ser baleado ( e sobrevivido) por um atirador desconhecido que resistira a uma ordem de prisão. Pela sua trajetória ele é homenageado com seu nome batizando ruas e logradouros públicos em todo o país, inclusive em Campo Grande.
‘1-HISTÓRIA’ Pelos mapas de antigamente temos a noção da extensão territorial de Mato Grosso; de Ponta Porã até a divisa com o Perú, Pará e Amazonas Em 1943 por estratégica de segurança e ocupação, o presidente Getúlio Vargas criou os territórios federais de Guaporé (mais tarde Rondônia) e de Ponta Porã desmembrados de Mato Grosso. No mesmo ato também foram criados os territórios de Iguaçu, Amapá e Rio Branco. Em 1956 o presidente Juscelino Kubitschek alterou a denominação do Território do Guaporé para Território de Rondônia. Em 1981 o presidente Médici promoveu o território de Rondônia para o Estado de Rondônia com 13 municípios (hoje tem 52) e nomeou o 1º governador – coronel Jorge Teixeira de Oliveira.
2-HISTÓRIA: O território de Ponta Porã teve como primeiro governador o coronel Ramiro Noronha. Mas a duração do território foi curta. Com a saída de Getúlio Vargas em 1945 e a posse de Eurico G. Dutra veio a Constituinte extinguindo em 1946 os territórios de Iguaçu ( Paraná e Sta Catarina) e Ponta Porã. Os constituintes de Mato Grosso se uniram aos parlamentares catarinenses e paranaenses que reivindicavam a reanexação das terras do território de Iguaçu. Destacou-se a atuação de Aral Moreira (UDN), deputado que faleceu em 06/11/1952 aos 54 anos de idade no exercício do cargo, tendo assumido o suplente Lucílio de Medeiros (UDN), de Corumbá.
3-HISTÓRIA: Quando da emancipação do Distrito de Rio Verde do Sul em 1976, esse novo município foi batizado de Aral Moreira em homenagem a esse político, advogado e jornalista, nascido em Aquidauana e prefeito de Ponta Porã em 1928. Quanto ao deputado Lucílio de Medeiros, nasceu em 1909 em Corumbá, tendo cursado o Colégio Anglo Latino em São Paulo e a Faculdade de Farmácia no Rio de Janeiro. Embora no cargo, tentou sem sucesso a reeleição ficando novamente como 1º suplente. Além desta experiência parlamentar – fora inspetor federal de ensino e prefeito de Corumbá onde um ginásio de esportes é batizado com seu nome.
O MERGULHO no passado da nossa terra é oportuno e necessário. Primeiro – porque o cenário político está anestesiado com a pandemia do coronavirus. Segundo – porque é preciso passar aos leitores mais novos informações históricas de um período distante e pouco divulgado por uma série de fatores. Parte da população veio de outros Estados e por razões diversas não conhece a nossa história. Aliás, espero que as crianças estejam recebendo nas escolas essas lições de conhecimento, sob pena de termos uma geração alienada; craques na informática e pernas de paus em cultura regional. Sobre o assunto, o deputado Fabio Trad (PSD) observa que os cuiabanos são bem mais ligados que nós.
A esquerda tá com medo de morrer ou de trabalhar? ( na internet)
A gente tem que se unir, procurar entender o outro, deixar suas diferenças de lado. (Senador Nelson Trad Filho-PSD)
Ser demitido por ter sido fiel à medicina será razão de orgulho (deputado Fábio Trad-PSD)