De uma semana para outra subiu em quase 10% o número de casos notificados por dengue em Mato Grosso do Sul. Na semana passada eram 29.793 casos, já no boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (18) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) eram 33.014 notificações.
Além dos casos mais leves, o Estado já registro 18 mortes este ano causadas pela doença, número que representa 23,3% do total de casos no Brasil, onde 77 pessoas morreram este ano pela doença.
A maioria das mortes (quatro) aconteceram em Campo Grande, cidade que registra 6.085 notificações. Em plena pandemia do Covid-19, decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o secretário de Saúde do município, José Mauro de Castro Filho, pediu que as pessoas não se descuidem dos seus quintais.
“Neste momento as discussões estão voltadas para o coronavírus, o que é compreensível em virtude da gravidade do problema, porém não podemos esquecer da dengue que, inclusive, já matou quatro pessoas em nosso município e os índices são epidêmicos. Tanto o coronavírus quanto a dengue exigem uma coisa: prevenção. Somente desta forma vamos conseguir controlar essas doenças. É preciso deixar claro que o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite, além da dengue, também a zika e a chikungunya, não para”, declarou o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
O secretário afirmou que nesta semana a secretaria iniciou os trabalhos da campanha “Mosquito Zero” na região do Segredo, em Campo Grande, com coleta de materiais que podem acumular água e a visita de agentes de endemias nas residências. “Nossas ações continuarão sendo realizadas”.
Os carros que aspergem o veneno contra o Aedes aegypti, chamados de fumacês, tem percorrido vários bairros da Capital. Na terça-feira eles passaram por ruas dos bairros Caiobá, São Conrado e Núcleo Industrial. Nesta quarta-feira o carro voltou ao Caiobá e São Conrado, mas também esteve por ruas do Novos Estados.
Correio do Estado – Daiany Albuquerque