A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou na noite desta segunda-feira (16) que subiu para nove o número de casos confirmados de coronavírus em Goiás. Agora são cinco em Goiânia, dois em Rio Verde, de uma pessoa que teve contato com o primeiro confirmado, e dois em Anápolis. Outros 83 suspeitos estão em investigação.
Segundo o governo, todas as pessoas que estão infectadas estiveram em viagem para o exterior:
- Anápolis, a 55 km da capital, tem dois pacientes com diagnóstico para Covid-19.
- Em Goiânia, o número de casos subiu de três para cinco.
- Em Rio Verde, no sudoeste do estado, uma moradora de 61 anos tem coronavírus e uma pessoa que teve contato com ela também foi infectada.
De acordo com a SES, 54 casos foram descartados, com resultados dos testes negativos para o vírus. Não há confirmação de mortes em Goiás por causa do Covid-19.
Investigação sobre estoque de álcool gel e máscaras
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), informou em publicação nas redes sociais que determinou uma investigação policial contra comerciantes que estocarem álcool gel e máscaras com intuito de venda “a preços exorbitantes” durante o estado de emergência em saúde pública por causa do coronavírus no estado. Veja abaixo o texto publicado:
“Lucrar com o sofrimento alheio é crime! Já determinei a fiscalização enérgica para o comerciante que estiver estocando álcool gel e máscaras que mais tarde serão vendidos a preços exorbitantes. Os produtos são importantes para conter a propagação do novo coronavírus. A inteligência das nossas polícias e o Procon Goiás vão monitorar e punir aqueles que estiverem aderindo à prática. O comerciante que se atrever a especular preços com esses itens essenciais será multado e terá todo o seu estoque apreendido e, se resistir, será preso. O momento é de solidariedade, minha gente, e aqui no Estado não temos espaço para oportunistas”, declarou Ronaldo Caiado.
Medidas de prevenção
O governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia decretaram situação de emergência em saúde pública, na última sexta-feira (13). Desde então, várias medidas foram tomadas para evitar a disseminação do coronavírus:
- Aulas suspensas em todas as escolas de Goiás pelos próximos 15 dias. O prazo máximo para começar esse período sem atividades escolares é quarta-feira (18);
- Parque Mutirama e Zoológioco estão fechados. Já shows, atrações culturais e eventos religiosos foram adiados ou cancelados;
- Empresas públicas e privadas receberam recomendação para diminuir o efetivo, promover o trabalho em casa e trabalhar em revezamentos;
- Defensoria Pública e o Ministério Público de Goiás passaram a atender apenas casos urgentes.
- Serviços do Detran-GO vão ser feitos exclusivamente pela internet;
- Presos em Goiás ficarão 15 dias sem receber visitas.
- Delegacias de Polícia Civil em Goiás suspendem atendimento presencial, exceto para casos urgentes;
Exame do Covid-19
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, explicou que, para ter a suspeita de coronavírus, a pessoa precisa se enquadrar nos seguintes critérios: ter febre, tosse, coriza e dificuldade para respirar, além de histórico de viagem para fora do país ou de outro estado que tenha casos de doença registrados ou contato com alguém nessas condições. Ele indica indica o uso do aplicativo – Corona SUS – para auxiliar no processo (veja o passo a passo).
Caso tenha a suspeita de coronavírus, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após avaliação, o médico, se julgar pertinente, deve acionar uma equipe do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs). Em seguida, o material é encaminhado ao Laboratório de Saúde Publica Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen/GO) para que o teste do coronavírus seja realizado.
Quem tiver acesso ao plano de saúde, também pode procurar uma unidade de saúde privada. O secretário informou que alguns laboratórios particulares já realizam o exame ao custo que varia entre R$ 150 e R$ 500. O prazo estimado para resultado do exame é de até 72 horas.
Se o caso for confirmado, independente se na rede pública ou privada, a situação do paciente é avaliada para verificar a necessidade ou não de uma internação. A pessoa precisa ficar em isolamento domiciliar por 14 dias.
Por Rafael Oliveira, G1 GO