Quem é meu próximo? Campanha da Fraternidade 2020 lembra exemplo do bom samaritano

A Arquidiocese de Campo Grande apresentou nesta quarta-feira (26) o tema da Campanha da Fraternidade de 2020. O lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” surgiu com a parábola do bom samaritano e busca incentivar que fiéis vivam melhor a quaresma e ajudem as pessoas.

O tema é ‘Fraternidade e vida: dom e compromisso’ e tem a ilustração de Santa Dulce dos Pobres, canonizada no ano passado, na divulgação da campanha. O padre Vander Casemiro, coordenador diocesano de pastoral, diz que o bom samaritano age diante de uma situação de dificuldade, para ajudar o próximo. “A campanha faz isso também. Devemos parar a nossa rotina e estender a mão para o outro”, afirma.

O arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas, explica que a campanha tem três passos, indicados pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). O primeiro passo é da conversão pessoal de cada pessoa, no sentido de ver a dificuldade no outro e se importar. O segundo nível é da família, já o terceiro âmbito é da comunidade.

O bispo auxiliar Dom Mariano explica por que Santa Dulce foi escolhida para ilustrar a campanha. “O trabalho dela nos mostra como fazer na prática. Ajudar o próximo é importante e relevante, ela era envolvida com a comunidade”, explica.

Santa Dulce dos Pobres é considerada o Anjo Bom da Bahia. Um exemplo de bom samaritano dos novos tempos, ela estampa a ideia de que estender a mão ao próximo é a missão dos discípulos de Cristo. Na imagem ainda aparecem pessoas e construções, que são do Pelourinho, bairro de Salvador (BA), local de nascimento da Santa Dulce.

O padre Vander comenta que a campanha deve treinar o olhar misericordioso nas pessoas e ainda a reflexão sobre a justiça, para que as pessoas reflitam sobre suas ações. “Nós vamos passar nas paróquias para nos aproximarmos mais. A partir destas várias propostas, eu acredito que podemos fazer uma boa campanha”.

Parábola do Bom Samaritano

“E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele;
E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.”

CNBB