Hoje completa 3 anos do acidente que vitimou 2 Policiais Civis e deixou 2 gravemente feridos em Chapadão do Sul
Há exatamente três anos, Paraíso das Águas e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul estava de luto.
Um gravíssimo acidente na rodovia BR 060, entre Paraíso das Águas e Chapadão do Sul, ceifou a vida de Jardes Diego Mônaco e de Gilberto Rodrigues Fernandes, o “Giba” e deixou outros dois policiais gravemente feridos, Neves e Euler.
Três anos se passaram e a dor da família e dos sobreviventes ainda continua presente, como se fosse hoje.
Um pai de família e um jovem que estava noivo prestes à se casar, ambos com suas vidas ceifadas defendendo a segurança das pessoas, cumprindo sua missão de servir e proteger.
À época, Giba com 40 anos e Jardes com 28 anos. Ao receber a notícia o luto foi geral e a notícia comoveu a todos.
No dia da morte de Giba, sua filha mais velha, completava 13 anos. Ele havia se mudado recentemente para Paraíso das Águas. Ele era da cidade de Rio Verde (MS).
A esposa e seus filhos após a tragédia, retornaram para Rio Verde, onde residem até hoje.
A família recebeu amparo dos amigos que fizeram em Paraíso das Águas, mas convive com a saudade.
Jader estava noivo e planejava se casar em breve. Seus planos eram residir e trabalhar em Paraíso das Águas. Ele morava em Campo Grande (MS).
Mesmo jovem, da última turma da época, tinha garra e força para lutar pela justiça e segurança.
A família segue inconformada.
Os outros dois policiais envolvidos no acidente, Euler e Neves, após vários dias internados na capital, receberam alta e continuam trabalhando com eficiência e dedicação na delegacia de Paraíso das Águas. Unidos aos seus “irmãos”, onde nunca os abandonaram e juntos vencem o trauma.
Os bravos heróis que saíram para trabalhar, exercer com honra suas funções, saudaram sua família pela última vez e nunca mais voltaram.
Talvez, quem sabe, muitos dos bandidos que causavam a rebelião, pela impunidade, estão soltos. Já os nossos heróis repousam na eternidade.
Os anos passaram e ainda, mesmo após esta tragédia que marcou a cidade, os policiais civis ainda enfrentam a mesma dificuldade e os riscos diários, com viaturas sucateadas, manutenção prejudicada e a espera de uma nova viatura que persiste há anos.
No mínimo que o Estado deveria garantir à estes bravos policiais, que desempenham um papel fundamental na sociedade, com a garantia da segurança e da elucidação de crimes, é dar condições para também aos policiais desempenharem com segurança suas funções. Mas infelizmente, isto é precário.
O acidente
Os policiais que faziam parte do Núcleo de Operações Táticas e Investigativas do Interior (Notti), receberam um pedido de reforço da delegacia de Chapadão do Sul, por volta das 14h20 do dia 13 de fevereiro de 2017. Imediatamente – mesmo com uma viatura em condições de manutenção precária, arriscaram para garantir a segurança da população -, seguiram até a cidade vizinha para conter presos que faziam rebelião naquela delegacia.
Em uma viatura VW Amarok, a pouco menos de 7 km da cidade, o condutor do veículo perdeu o controle e colidiu frontalmente com uma carreta que seguia no sentido contrário.
A colisão aconteceu na BR-060, no viaduto da Ferronorte, quando o veículo que estava os policias saiu para pista contraria, e ao retornar acabou rodando na pista e colidiu lateralmente com a carreta.
Na colisão, morreram os policiais Jardes Diego de Souza Mônaco de 28 anos e Gilberto Rodrigues Fernandes de 40 anos.
Os agentes Euler Oliveira Martins, de 31 anos e Anderson Ibanez Neves, de 33 anos, ficaram gravemente feridos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de Chapadão do Sul em seguida foram transferidos para a capital.
* BNC Noticias ( Fernando Brito) e O Correio News. Foto: O Correio News