a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) apresentou uma pauta de reivindicações. Igualmente, ouviu do presidente pedidos de apoios a projetos governamentais, no Congresso Nacional.
Endividamento rural
Entre os temas do interesse dos agropecuaristas destaca-se o do endividamento rural. Na opinião dos ruralistas, os diversos planos e programas do governo para resolver a situação criaram linhas de crédito caras, conforme matéria no Valor Econômico.
Segundo o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), que é vice-presidente da FPA, o endividamento “é um problema que se arrasta por anos, sem solução”. “O endividamento é um ciclo vicioso”, disse o deputado Zé Silva (SD-MG).
Além do endividamento rural, a FPA expôs a Bolsonaro outros assuntos também considerados prioritários pelo setor. Assim, foram incluídas na pauta questões indígenas e quilombolas, defesa sanitária, incentivo à pesquisa e inovação e assistência técnica e extensão rural, segundo a Agência Brasil.
“É possível mesmo produzir um projeto de agropecuária brasileira competitivo e não financiar adequadamente a pesquisa? Não, a pesquisa é vanguarda, ela está na frente, abre caminhos.” Dessa maneira, se pronunciou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), coordenador da Frente.
Terras indígenas
Por sua vez, Bolsonaro pediu aos agropecuaristas apoio ao projeto governamental de regulamentação de atividades econômicas em terras indígenas. Em forma de Projeto de Lei, a proposta foi enviada ao Congresso Nacional no último dia 06.
O projeto do governo, no caso das terras indígenas, inclui a regulamentação de atividades como mineração, garimpo, extração de petróleo e gás, geração de energia elétrica e agropecuária.
Ao confirmar a reivindicação presidencial, Alceu Moreira comentou: “Cada vez que o presidente fala em legalizar não é autorizar de maneira indiscriminada que tome as terras indígenas. Queremos legalizar, conhecer, proteger e preservar”, explicou.
No que pese ter deixado claro que a bancada ruralista não compõe a base do governo, Moreira enfatizou que o governo está revelando “mais sintonia”. Dessa forma, segundo o líder agropecuarista, a bancada, com mais de 250 parlamentares, “vai pisar fundo”.