Bancários aceitam proposta e voltam ao trabalho após 21 dias de greve

Depois de 21 dias de greve, os bancários voltam ao trabalho nesta terça-feira (27). Reunida em assembleia agora a noite, com participação de 250 trabalhadores, a categoria decidiu voltar ao trabalho amanhã (26), aceitando a proposta dos bancos que ofereceram reajuste salarial de 10%.

Ficou deifinido que as agências vão trabalhar uma hora a mais, apenas internamente, sem atendimento ao público, entre os dias dias 4 de novembro (quando o acordo vai ser assinado ) e 5 de dezembro para suprir a demanda de serviços que ficou represada nos 14 dias úteis de paralisação.

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e que os bancários aceitaram, além do reajuste salarial de 10%, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.

Os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários

2º greve consecutiva – Pelo segundo ano consecutivo os bancários recorreram a um movimento grevista para alcançar suas reivindicações salarias.  No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro.

Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

Flávio Paes e Alan Diógenes campograndenews