Presa por matar garota em Chapadão passa mal e é internada; polícia pediu preventiva dela e apreensão de adolescente
Grávida de 24 semanas, Tayara Caroline Silva da Silva, 30 anos presa por envolvimento na morte de Ingrid Lopes Ribeiro, de 13 anos (foto), em Chapadão do Sul, está internada sob escolta policial. De acordo com o delegado Felipe Potter, ela está grávida, teve complicações após a prisão e foi encaminhada para o hospital.
Ela teria ainda posou para foto ao lado do corpo da adolescente. O episódio foi revelado pelo garoto de 15 anos, suspeito de participação no crime. Ele prestou depoimento ontem (24) à polícia acompanhado pelo pai.
Conforme o delegado Felipe Machado Potter, responsável por investigar o caso, o celular de Tayara ainda não foi localizado para confirmar esse fato. O corpo da menina foi encontrado na noite de quarta-feira (22) enterrado na casa onde Tayara vivia, na Rua Perdizes, no Bairro Esplanada III, em Chapadão do Sul. Ingrid estava desaparecida havia 3 meses. A suspeita foi presa no mesmo dia numa casa na Rua Goiás. Indagada, confessou apenas que havia cedido a casa para ocultar o corpo.
Na delegacia, segundo o auto de prisão em flagrante de Tayara, o garoto contou que frequentava a casa da mulher desde junho do ano passado e já conhecia Ingrid da escola, apenas de vista. Ele passou a conversar mais com a adolescente quando ela fugiu da casa dos pais e foi procurar abrigo na casa de Tayara. Relatou ainda que os três fumavam maconha quando se encontravam. Tayara e Ingrid eram muito amigas, segundo Liandra Lopes Antunes, 18 anos, irmã da adolescente.
No dia do crime, segundo depoimento do garoto, Tayara mandou mensagem para a adolescente ir até o local buscar as suas roupas e seus documentos que haviam ficado na residência. Os três, então, fumaram maconha e durante a conversa a autora pediu que Ingrid desbloqueasse o seu celular. A intenção era saber se a vítima mantinha contato com o seu ex-marido.
Foi nesse momento, conforme o depoimento do garoto, que Tayara deu o primeiro golpe de machado na cabeça da vítima. Depois, o adolescente desferiu duas facadas na barriga de Ingrid. Porém, ela ainda permaneceu consciente, sendo morta na sequência pela a autora.
Depois do crime, o adolescente ainda tirou uma foto de Tayara posando ao lado do corpo. A imagem foi feita com o celular da autora. Depois disso, os dois amarraram os pés e as mãos da vítima, colocaram duas sacolas plásticas sobre sua cabeça (para evitar que o sangue se espalhasse), tomaram banho e foram embora. O corpo só foi enterrado quatro dias depois pelo adolescente e a autora, que usaram uma enxada, pá e o próprio machado para fazer a cova.
Tayara ainda não passou por audiência de custódia. Ela passou mal na delegacia, foi levada para o Hospital Municipal e na sequência transferida, sob escolta, para Campo Grande com risco de aborto. A jovem já tem passagem pela polícia por tráfico de drogas, ameaça, vias de fato e lesão corporal. Ainda não há informação se o garoto foi levado para uma Unei (Unidade Educacional de Internação).
Desaparecida – Desde que Ingrid desapareceu, em 27 de outubro, a mãe dela fazia campanha nas redes sociais para localizar a filha. Ontem pela manhã, a irmã de Ingrid, Liandra conversou com o Campo Grande News. “Minha irmã vivia na casa dessa mulher”, lamentou. Liandra diz que a assassina chegou a atualizar, por diversas vezes, o Facebook de Ingrid, para não levantar suspeita do crime. No dia 4 de novembro, postou, inclusive, que a menina havia mudado para Campo Grande. “Ela atualizou várias coisas e apagou fotos”, disse. À época, a mãe informou que a filha estava envolvida com drogas.
Campo Grande News – Viviane Oliveira