MATO GROSSO DO SUL: Estado registra 48 mil casos prováveis de dengue em 2019

O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde notificou, de janeiro a dezembro de 2019, 48 mil casos prováveis de dengue no Mato Grosso do Sul. No mesmo período, as autoridades de saúde contabilizaram 178 casos prováveis de chikungunya e 276 de zika.

O médico sanitarista da Fiocruz Brasília, Cláudio Maierovitch, aponta que, entre os fatores que contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, estão as mudanças climáticas, falta de saneamento básico, acúmulo de lixo e, principalmente, a disponibilidade de recipientes com água.

“O grande fator que favorece a proliferação do mosquito é a disponibilidade de recipientes com água, principalmente limpa. Mas pode ser uma caixa de água, piscina abandonada, garrafas que estão expostas, pneus velhos – que é uma das coisas mais comuns quando se fala na proliferação do Aedes aegypti, muitas vezes esses pratinhos que se coloca embaixo dos vasos de plantas para que não pingue água no chão”.

Rute Ferraz, 42 anos, moradora da Amambaí, enfrentou a dengue em 2019. E não foi só ela: os filhos Gabriel, de 14, e Davi, de 5, também foram picados. Somente o marido se livrou. A assistente social conta que foi um tormento lidar com toda a situação.

“Os sintomas começaram 4 dias antes do exame. Febre muito alta, dor insuportável no corpo que ia até a raiz do cabelo, as pontas dos dedos, doía tudo, até para ficar deitada. Como eu tenho anemia falciforme, fiquei pior porque minha imunidade ficou muito baixa. Cinco dias terríveis”.

A principal forma de prevenir o aparecimento do mosquito é evitar água parada. É importante verificar todos os reservatórios, eliminar os vasos de planta, descartar corretamente embalagens e utensílios, além de manter calhas limpas. Uma pequena tampa de garrafa pode ser o local ideal para a proliferação.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.