Pela segunda vez, os bancários recusaram a proposta de reajuste salarial feita pelos bancos na tentativa de pôr fim à greve da categoria que completa 16 dias nesta quarta-feira (21).
Na reunião desta terça-feira (20) entre sindicalistas e representantes das instituições financeiras, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu 7,5% de reajuste, mas retirou o pagamento de abono de R$ 2.500 feito na primeira proposta.
Mas o comando nacional dos bancários, formado por sindicalistas de todo o país, considerou a proposta insuficiente e decidiu que não vai levá-la para assembleia porque está muito distante da reivindicação da categoria –16% de reajuste salarial, incluindo aumento real de 5,6%.
As negociações devem continuar nesta quarta-feira (21), às 11h, e enquanto isso a paralisação nas agências e nos centros administrativos vai continuar, segundo representantes dos funcionários.
“Não há como aceitar que os bancos não queiram conceder aumento real. São R$ 42 bilhões de lucro no primeiro semestre”, diz Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do comando nacional da categoria.
Segundo o sindicato, 60 mil dos 142 mil bancários de São Paulo aderiram ao movimento nesta terça-feira (20) em 761 locais de trabalho –sendo 27 centros administrativos e 734 agências.
Procurada, a federação dos bancos informou que “espera que seja construído na mesa de negociação um acordo que atenda aos interesses de ambas as partes”, mas não divulgou a adesão à greve.
De acordo com o sindicato, a nova oferta de reajuste, no valor de 7,5%, significa uma perda de salarial de 2,17%. A proposta anterior dos bancos previa reajuste de 5,5% com pagamento de abono de R$ 2.500.
FOLHAPRESS