Piloto de helicóptero que caiu na fronteira evitou um desastre, diz MP do Paraguai

A queda do helicóptero ocorreu no dia 21 de novembro. A aeronave voltava de uma operação contra o tráfico de drogas na região de fronteira, prestando serviço para a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) quando caiu sobre o galpão de uma fábrica.

Após a queda, um incêndio de grandes proporções atingiu o depósito que fica próximo de residências. Bombeiros de duas cidades paraguaias com o apoio do corpo de bombeiros de Ponta Porã (MS), ajudaram a combater as chamas.

O promotor do Ministério Público do Paraguai responsável por investigar a queda do helicóptero ressalta a perícia da piloto para evitar uma tragédia.

“É uma profissional de primeiro nível, com uma folha de serviço impecável. O que já apuramos é que ela teve muita habilidade para levar o helicóptero para o lado oposto da cidade, pousando forçadamente na fábrica de seringas. A aeronave podia ter caído em cima de um bairro onde vivem centenas de pessoas”, disse o promotor do Ministério Público, Marco Amarilla.

A piloto relatou uma falha no motor do helicóptero quando estava decolando. Ela e os tripulantes caíram junto com a aeronave e foram socorridos dentro de um galpão. Câmeras de segurança registram momento em que helicóptero caiu sobre telhado da fábrica. Todos tiveram apenas ferimentos leves e foram liberados no dia seguinte. No dia do acidente, o presidente do Paraguai Mario Abdo, postou no Twitter que havia conversado com a piloto Lilian Mosqueira; ela informou que os integrantes estavam fora de perigo.

Lilian é a primeira mulher piloto a integrar piloto das Forças Armadas do Paraguai. Ela e outros 11 tripulantes serão ouvidos pelo Ministério Público. As peças da aeronave foram enviadas para a capital Assunção e estão sendo periciadas.