O caminhoneiro José Carlos Moreira dos Santos, de 41 anos, foi preso depois de manter sua esposa, de 26 anos, em cárcere privado por mais de dez dias. A vítima relata que foi espancada e o suspeito ameaçava matar os filhos do casal se acaso ela tentasse fugir. Cansada das agressões, no final desta manhã de quarta-feira (13), ela pediu ajuda. O flagrante aconteceu na cidade de Chapadão do Sul.
De acordo com o delegado Felipe Potter, o casal saiu do Porto de Paranaguá (PR) e ao parar em posto de combustíveis, a mulher aproveitou um momento de distração do caminhoneiro e conseguiu escapar. Ainda conforme o delegado, uma testemunha acionou a polícia após ver a vítima trancada em um banheiro do estabelecimento gritando por socorro.
Conforme a ocorrência policial, no local, os militares encontraram o homem muito nervoso e aparentava estar alcoolizado. A vítima também contou que estava presa dentro do caminhão desde o dia 2 de novembro e que sofria ameaças constantemente. Antes de fugir e pedir ajuda, ela teria sido agredida com murros na cabeça.
Em depoimento ao delegado Felipe Potter, a mulher que está com um olho roxo por conta das agressões, disse que é da cidade de Nova Cantu (PR) e que mantinha um relacionamento com o suspeito há 4 meses. No último dia 2, ele teria a colocado a força no caminhão e que desde esse dia, viajaram por várias cidades. Ela afirmou que ele teria tomado o celular dela e a impedia manter contato com a família e também de voltar para sua cidade.
Conforme Potter, o homem que é da cidade de Luiziana (PR), negou que a agrediu e que não a manteve em cárcere privado. Ele também alegou que a mulher viajava com ele de forma espontânea e que em nenhum momento pegou o aparelho de celular dela impedindo-a de manter contato com os parentes. Ao ser questionado sobre o olho roxo da vítima por conta das possíveis agressões, ele não soube explicar. O homem ainda disse que vítima trabalhava como garota de programa no Paraná.
Segundo a polícia, a mulher disse que o caminhoneiro ameaçava dizendo que se tentasse fugir, quem iria sofrer seria os filhos dela. Ela solicita medida protetiva e o caso foi registrado como violência doméstica, sequestro e carcere privado.
Por Flávio Dias, G1 MS
Editado as 14 horas, para acréscimo de informações