Chagaram em Campo Grande (MS), na manhã desta quarta-feira (30), 120 imigrantes venezuelanos que estão recebendo acolhimento da Cruz Vermelha e do Exército Brasileiro, os quais, parte deles, serão direcionados para outras cidades do território brasileiro. Durante o dia receberam almoço e higienização pessoal dos voluntários. Cerca de 60 venezuelanos já foram direcionados para a cidade de Dourados, os que possuem familiares na Capital serão encaminhados para uma nova casa. Parte deles continuam no abrigo temporário, localizado no prédio da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, os quais serão direcionados para as cidades de Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre e Cuiabá. Segundo o presidente da Cruz Vermelha Brasileira Filial MS, Tácito Nogueira, já houve outras ações realizadas para receber venezuelanos, mas não em Campo Grande. “Esta já é a 4ª missão que está acontecendo. Tivemos outras três anteriores, o qual eles foram direcionados direto para Dourados, ou seja, não precisamos fazer toda essa mobilização. Esta é a primeira vez que vamos ter que mobilizar aqui e destinar cada um para um local”, explicou. Para uma das venezuelanas, que veio para o Brasil com seu marido e as duas filhas, toda essa transição não é nada fácil, mas serve de muita experiência para todos eles. “Viemos de Monagas, um dos estados da Venezuela, é uma cultura bem diferente, mas tudo isso é como experiências e muita bagagem para nós. Estamos em família, e é isso que importa”, contou. Ela ainda fez observações sobre o clima da Capital, “Muito quente, uma surpresa para nós”, finalizou. Tácito ainda explicou sobre a questão jurídica relacionada aos imigrantes, aqui no Brasil. “Eles veem para o Brasil todos prontos, com as documentações legalizadas, como documentos pessoais, carteira de trabalho… Também temos o cuidado de orienta-los para que futuramente eles não possam servir de trabalho escravo, sobre direitos trabalhistas, e assuntos relacionados”, ressaltou. Cerca de 20 voluntários têm auxiliado nesta chegada dos venezuelanos aqui em Campo Grande, por meio da Cruz Vermelha. Ajudando pela primeira vez, Bruna Silveira, de 23 anos, comentou sobre seu papel nesta missão. “É muito gratificante poder ajudar de alguma forma esse grupo de pessoas que vieram de tão longe, buscando um recomeço aqui. É importante cada um fazer a sua parte, dentro do que está ao seu alcance, por um mundo melhor”, pontuou. Bruna também faz parte da Liga Acadêmica de Direito Internacional dos Refugiados – LADIR/UFMS. Doações – Voluntários estão pedindo doações para as famílias abrigadas na Seleta, especialmente para as crianças. Há necessidade de produtos para higiene pessoal e também alimentos. Quem puder colaborar deve entregar os donativos na Seleta, localizada na Rua Pedro Celestino, na Vila Esplanada, em Campo Grande.
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