A Prefeitura Municipal de Paraíso das Águas, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, em atendimento a indicação dos vereadores Neife Vida e Lindomar Pinheiro (Fiotinho), iniciou nesta terça- feira, 22 de outubro de 2019, a arborização da Rodovia MS 316, saída para o Distrito de Pouso Alto, da continuação da Rua Germano Nogueira (antiga Estrada da Servidão) e da Br 060; com palmeiras imperiais e ipês amarelos, rosas, brancos e roxos.
Estão sendo plantadas vinte mudas de Palmeira Imperial e duzentas e nove mudas de ipês, todas essas são produzidas no Viveiro Municipal, e tem como objetivo arborizar esses locais e embelezar ainda mais a cidade.
A escolha destas espécies para arborização, se deu por sua resistência, sombreamento e suas belezas exuberantes e nesse intuito, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo vem trabalhando na produção dessas mudas para arborizar toda a cidade.
Os ipês por exemplo, são muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas regiões do Brasil. Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno.
Suas flores possuem forma de funil, como se fossem uma cornetinha, podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes. Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor.
O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria prima em razão da boa qualidade da madeira, tendo como características principais: alta densidade, grande durabilidade e resistente a umidade e à parasitas.
Considerado uma madeira nobre, o ipê possui um material excelente para estrutura de obras em ambientes externos e até mesmo em pequenos detalhes decorativos. Pode ser usado também em construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.
Ipê Amarelo – Handroanthus ochraceus ou Tabebuia ochracea
Espécie comum na região centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, sua árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm. Suas flores são amarelas e costumam florescer a partir do final de julho até setembro. Sua florada é exuberante e fantástica, muito utilizada no paisagismo, podendo ser considerada uma das mais belas dentre as espécies de ipês.
Ipê Amarelo do Cerrado – Tabebuia aurea ou Handroanthus caraiba
Comum da região amazônica e nordeste até o sudeste, frequente no cerrado, na caatinga e no pantanal mato-grossense. Sua altura é de 12 a 20 metros e seu tronco é tortuoso com diâmetro de 30 a 40 cm, com casca suberosa. Floresce durante os meses de agosto a setembro apenas. Possui uso comum tanto para arborização de ruas e avenidas, quanto no paisagismo em geral.
Ipê Branco – Handroanthus roseoalba ou Tabebuia roseoalba
Esta árvore possui em média de 7 a 16 metros de altura e seu tronco de 40 a 50 cm de diâmetro, é raramente encontrada na caatinga do nordeste brasileiro, mas muito comum no sudeste e centro-oeste. Possui flores brancas, podendo ser encontradas até em tons rosados, floresce de agosto a outubro. Esta espécie se adapta bem a terrenos secos e pedregosos, também é excelente para o paisagismo em geral.
Ipê Rosa – Tabebuia avellanedae ou Handroanthus avellanedae
Ocorre com mais frequência no Sul do país, desde o Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul. Pode alcançar de 20 até 35 metros de altura, com tronco ereto e cilíndrico de 60 a 80 cm de diâmetro. Suas flores possuem tons de rosa e roxo, floresce de junho a agosto. É a espécie de ipê mais comum no paisagismo do sul do Brasil, quando em flor é uma árvore muito bela, um grande espetáculo da natureza.
Ipê Roxo ou Ipê Roxo Sete Folhas – Handroanthus heptaphyllus ou Tabebuia heptaphylla
Possui altura média de 10 a 20 metros e corre principalmente no nordeste e sudeste do país, seu tronco tem de 40 a 80 cm de diâmetro e é revestido por casca áspera cinzenta. Suas flores são roxas e aparecem durante julho até setembro. É uma das espécies mais populares no paisagismo brasileiro, por sua beleza quando em floração, também muito utilizada na arborização de ruas e avenidas, além de reflorestamentos.
Propriedades medicinais: Em pesquisa, cientistas americanos descobriram que alguma substância composta na casca do ipê-roxo tem potencial para matar um certo tipo de célula cancerígena de pulmão. Ainda não foi divulgado qual a espécie de ipê roxo.
Ipê Roxo de Bola – Handroanthus Impetiginosus ou Tabebuia impetiginosa
Esta espécie também é mais comum nas regiões do nordeste e sudeste do Brasil, sua altura é entre 8 a 12 metros e seu tronco pode chegar até 90 cm de diâmetro. Sua flores também são roxas, porém a floração acontece durante o mês de maio até agosto. É uma árvore muito admirada para arborização e paisagismos.
Palmeira Imperial– é um espécie de palmeira monóica, solitária e imponente, muito robusta e de grande porte, que alcança entre 30 e 40 metros de altura. As folhas tem de 3 a 5 metros de comprimento, e são pinadas, com folíolos arqueados e inseridos no mesmo plano, diferindo assim da palmeira-real-de-cuba (Roystonea regia), que apresenta folhas mais plumosas. Seu estipe (tronco) é de cor cinza claro, liso, uniformemente cilíndrico, apenas um pouco mais engrossado na base e com diâmetro entre 40 e 60 centímetros. A coroa é arredondada, com aproximadamente vinte folhas dispostas de forma ereta ou horizontalmente, o que permite visualizar o palmito recoberto pelas bainhas à distância, sendo esta mais uma das características que à diferencia da palmeira-real-de-cuba. Nesta última, as folhas mais velhas pendem sobre o palmito, dificultando a visualização do mesmo. A inflorescência surge na base do palmito, na primavera, em cachos longos, de até 1,5 metros de comprimento, com flores masculinas e femininas, de cor branca. Os frutos são drupas oblongas, de cor roxa a preta quando maduros. Eles se formam no verão e são atrativos para diversas aves silvestres, em especial psitacídeos, como papagaios, araras e caturritas.
Um símbolo da aristocracia na história do Brasil, a primeira palmeira desta espécie foi plantada pelo então príncipe regente Dom João VI, em 1809. Todas as palmeiras-imperiais cultivadas no país, descendem desta primeira palmeira, que foi denominada Palma Mater e acabou fulminada por um raio em 1972. Assim, esta espécie recebeu aqui o nome popular de “imperial” e esteve ligada à monarquia e aristocracia, se popularizando mais tarde. Devido ao porte majestoso, a palmeira-imperial é ideal para acompanhar grandes construções, avenidas, amplos parques, alamedas centrais, prédios públicos e residências de grande porte, principalmente em duplas, grupos ou fileiras. Plantada isolada ou em jardins pequenos ela facilmente fica desproporcional.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Ela responde bem à adubação, crescendo em velocidade. Fertilize com adubos próprios para palmeiras durante o período de crescimento. Aprecia o calor e a umidade tropicais, sendo menos resistente ao frio do que a palmeira-real-de-cuba. Ainda assim, é possível cultivá-la em clima subtropical, em centros urbanos e vales, menos sujeitos a geadas e frio intenso. Resiste muito bem aos ventos, embora não seja tão flexível a ponto de tolerar tornados fortes, como algumas espécies de palmeiras. Multiplica-se por sementes, recém colhidas de frutos maduros e postas a germinar em substrato arenoso e mantido úmido, preferencialmente em estufa. A germinação leva cerca de 70 dias para ocorrer.
Fonte: Prefeitura Municipal de Paraíso das Águas