A quantidade de agências bancárias que aderiram à greve chegou a 93% na capital de Mato Grosso do Sul, no oitavo dia de paralisação, segundo o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região. O presidente do sindicato, Edvaldo Franco, informou ao G1 nesta terça-feira (13), que são 115 agências fechadas na caputal e 26 no interior.
“Ainda não temos nenhuma reunião prevista, nada agendado e a paralisação continua firme. A tendência é piorar”, ressaltou Franco. O sindicato diz que não houve proposta da Federação Nacional dos Bancos, por isso, as agências continuam sem atendimento ao público.
Clients dos bancos que estão esperando por algum serviço específico tentam buscar alternativas de atendimento nos caixas automáticos e nas centrais telefônicas. Mas, essas opções não resolvem o problema em casos como o da família de Eduardo Souza, que não consegue receber a aposentadoria da esposa, que está acamada.
Ele cuida da mulher e tem uma procuração para sacar o dinheiro da aposentadoria dela, que é a única fonte de renda da família, mas não consegue receber porque precisa renovar a senha no caixa. Outro problema apontado pelos clientes é no autoatendimento nos caixas eletrônicos. Alguns serviços não estão sendo feitos, como depósitos e transferências.
“Fala que tem que submeter [a transferência] ao gerente e está todo mundo em greve”, ressaltou Alfredo, em entrevista à TV Morena, na saída do banco.
Reajuste
A greve começou na terça-feira (6), após a categoria decidir pela paralisação no dia 1º de outubro, depois de uma assembleia em que eles rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os trabalhadores pedem 16% de reajuste e a contratação de mais funcionários nas agências, para reduzir as filas, além de redução das tarifas para os clientes e mais segurança nas agências.
Os bancos oferecem 5,5%, que não foi aceito por eles em assembleia, porque não repõe nem a inflação. A Fenaban ainda não fez outra proposta aos trabalhadores, segundo o sindicato.
G1 MS