A Proclamação da República Piratini
Em 20 de setembro de 1835, os farroupilhas, liderados por Bento Gonçalves, venciam o confronto da Ponte da Azenha e entravam na província de Porto Alegre. Iniciou-se a Guerra dos Farrapos, o mais duradouro conflito armado da história do Brasil, que resultou na declaração de independência do Estado do Rio Grande do Sul, dando origem à República do Piratini, que durou cerca de sete anos.
A Guerra dos Farrapos, também chamada de Revolução Farroupilha, teve início na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.
É considerada uma das mais importantes passagens da história do Rio Grande do Sul, um marco da formação social e política do Estado.
A importância do dia 20 de setembro é tão grande que em 1978 foi decretado feriado em todo o Estado pela lei estadual 4.453/78.
Mas para entender o porquê da importância da data, é necessário conhecer melhor o contexto histórico, as razões e no que resultou o conflito.
Semana de tradição e festa
É a hora do gaúcho lembrar porque é gaúcho, tchê.
Não é apenas o dia 20 de setembro que é dia de festa no Rio Grande do Sul. Os Centros de Tradição Gaúcha, CTGs, que existem em praticamente todas as cidades gaúchas e por todo o Brasil e hoje espalhados pelo mundo, preparam uma série de comemorações para a semana Farroupilha. São gincanas, churrascos (claro), missas no melhor estilo crioulo (nome dado aos moradores dos pampas no passado), desfiles temáticos, palestras e discussões.
Resumo sobre a Guerra dos Farrapos, causas do conflito e objetivos.
Bento Gonçalves: um dos líderes da Revolução Farroupilha
O que foi
Também conhecida como Revolução Farroupilha, A Guerra dos Farrapos foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. 11 de Setembro de 1836 – Proclamação da República Rio-Grandense.
CAUSAS:
– Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;
– Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias;
– Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época;
– Os farroupilhas eram contrários à entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultada o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas.
Os desdobramentos do conflito
– Em setembro de 1835, os revolucionários, comandados por Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre, forçando a retirada das tropas imperiais da região.
– Prisão do líder Bento Gonçalves em 1835. A liderança do movimento passa para as mãos de Antônio de Souza Neto.
– Em 1836, os farroupilhas obtém várias vitórias diante das forças imperiais.- Em 11 de setembro de 1836 é proclamada, pelos revoltosos, a República Rio-Grandense. Mesmo na prisão, os farroupilhas declaram Bento Gonçalves presidente.
– No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves assume de fato a presidência da recém-criada República Rio-Grandense.
– Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamam a República Juliana, na região do atual estado de Santa Catarina.
O FIM DO MOVIMENTO
– Em 1842, o governo imperial nomeou Duque de Caxias (Luiz Alves de Lima e Silva) para comandar uma ação com objetivo de finalizar o conflito separatista no sul do Brasil.
– Em 1845, após vários conflitos militares, enfraquecidos, os farroupilhas aceitaram o acordo proposto por Duque de Caxias e a Guerra dos Farrapos terminou. A República Rio-Grandense foi reintegrada ao Império brasileiro.
portaldasmissões