A erupção do vulcão Ubinas, no Peru, deixou a FAB (Força Aérea Brasileira) em alerta devido aos eventuais riscos de que uma nuvem de poeira vulcânica aproxime-se do espaço aéreo brasileiro.
Informações preliminares traziam que um alerta chegou a ser emitido a fim de fechar o espaço aéreo brasileiro na fronteira com a Bolívia, devido ao risco de que a nuvem, que está a cerca de 6 quilômetros de altitude, comprometa a segurança do tráfego de aeronaves.
Contudo, de acordo com a FAB, não houve necessidade de fechamento do espaço aéreo, embora os CMV (Centros Meteorológicos de Vigilância) sigam monitorando o deslocamento de cinzas vulcânicas para o Brasil. Ainda segundo a FAB, a área potencialmente afetada está localizada em parte dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
De acordo com a Infraero, nenhum voo comercial no país chegou a ser impactado. Na manhã deste sábado, o Aeroporto de Campo Grande funcionou normalmente para pousos e decolagens e não consta registro de voos atrasados ou cancelados.
Vulcão Ubinas
Erupções recentes do vulcão Ubinas, considerado o mais ativo do Peru, motivou evacuação de centenas de moradores da localidade, que fica na região sul do país. O Ubinas não registrava atividade desde 2017.
As evacuações ocorreram devido a uma chuva de cinzas e de gases tóxicas, ocorridas após duas explosões registradas na madrugada da sexta-feira (19). De acordo com as autoridades peruanas, o Ubinas segue em atividade e, devido a isso, foi emitido alerta laranja, ou seja, um estágio antes do mais perigoso, que é o vermelho.
Após as explosões, gases tóxicos e cinzas formaram uma nuvem de poeira vulcânicas que segue sendo empurrada pelas correntes de ar para a área da fronteira com a Bolívia e Brasil.
Guilherme Cavalcante midiamax