Em homenagem ao Julho Verde e ao Dia Mundial de Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço (27 de julho), segue o retrato convencional de um paciente com essa doença. Sexo masculino, idade acima de 50 anos, tabagista e consumidor voraz de bebidas alcoólicas.
Porém, embora esse continue sendo o perfil mais associado ao problema, ele está cedendo espaço para outro mais moderno.
Hoje esses tumores também atingem adultos entre 30 e 45 anos que não fumam e nem bebem em excesso, revela o cirurgião oncologista Luiz Paulo Kowalski, do A. C. Camargo Câncer Center (SP). Isso se deve, segundo o cirurgião, à infecção causada pelo vírus HPV, que pode ser transmitido por meio do sexo desprotegido.
Proteção
A primeira regra para se proteger, portanto, é usar preservativos na hora “agá” (inclusive para o sexo oral). E a segunda, vacinar-se contra o HPV. Hoje, meninos e meninas brasileiras têm esse imunizante à disposição na rede pública.
Além disso, convém ficar de olho, vejam alguns dos principais sinais:
– Ferida na boca que não cicatriza (é o sinal mais comum);
– Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias);
– Nódulo persistente ou espessamento na bochecha;
– Área avermelhada ou esbranquiçada em gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca;
– Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada;
– Dificuldade para mastigar ou engolir;
– Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua;
– Dormência na língua ou em outra área da boca;
– Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva;
– Mudanças na voz;
– Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço;
– Perda de peso;
– Mau hálito persistente.
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