Os agricultores brasileiros que atuam na produção de milho receberam notícias positivas na 1ª quinzena de junho. Primeiro foi o resultado do levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que revisou o crescimento da produção de milho em 2,2%, considerando os meses de maio e junho.
Em segundo, a possibilidade de abertura de novos mercados, como o México, que realizou uma compra de 33 mil toneladas após desentendimentos com os Estados Unidos. Aliado a esses fatores, a USDA sinalizou atraso no plantio do cereal, o que pode resultar numa quebra de 50 milhões de toneladas.
Em números, a previsão feita pela Conab de 69,14 milhões de toneladas produzidas deve passar para 70,67 milhões. Comparando os dados com a safra anterior (2017/2018), o acréscimo é ainda maior 31,3%.
Cenário Regional
No estado de Mato Grosso do Sul, os resultados acompanhados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), sobre a colheita do milho de segunda safra contabilizaram cerca de 4% do cereal colhido, na primeira quinzena do mês.
A equipe técnica da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) realizou um comparativo da evolução da colheita de milho no mesmo período da safra passada. O resultado é positivo, visto que o ciclo 2018/2019 encontra-se 3,4% pontos percentuais maior do que em 2017/2018.
Em relação a região mais adiantada no processo de colheita, o Norte está com os trabalhos mais avançados 7,0%, enquanto no Sul 3% da área plantada já foi colhida. No centro, a média está um pouco menor, 2,9% e a estimativa do projeto Siga MS é de que 65.212 hectares já foram concluídos.
Notícias Internacionais
Os Estados Unidos, maior produtor de milho do mundo registrou uma dos maiores atrasos da história da safra americana. De acordo com informações do site Notícias Agrícolas, a situação mais grave é do milho, em razão da janela ideal para plantio, o que pode impactar na produção final e consequentemente, no abastecimento interno.
As previsões iniciais de especialistas em agricultura é de que a safra dos Estados Unidos pode registrar uma quebra de até 50 milhões de toneladas. A justificativa para o fato vem da combinação de um calendário apertado para os trabalhos de campo, em razão do excesso de chuvas e perdas na produtividade da cultura.
Outra situação desfavorável para o maior exportador de milho e que já se reflete em outras praças como o Brasil, foi o conflito comercial entre Estados Unidos e México. Em razão do conflito entre os dois países, os mexicanos compraram na primeira quinzena de junho 33 mil toneladas de milho brasileiro, conforme informado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Estimativa MS
Inicialmente, a Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS) projetou uma produção de 9,002 milhões de toneladas produzidas em 1,917 milhões de hectares. Contudo, o clima favorável ao desenvolvimento da cultura também resultou na revisão de crescimento em 6,14%, com 9,5 milhões de toneladas. Ja a produtividade obtida por saca passou de 78,2 sacas/hectare para 83 sacas/hectare.
No mercado interno, o preço médio da saca de 60 kg obteve valorização de 7,27% na primeira quinzena de junho, encerrando o período cotado a R$ 72,88. Os melhores preços foram identificados nas praças de Campo Grande e Sidrolândia.
*Correio do Estado – Foto Ilustrativa