LAUDO sobre morte do jornalista Dalmo Cúrcio será divulgado nesta semana. Deixará saudades aos amantes do jornalismo
A Polícia Civil de Cassilândia receberá nesta semana o laudo definitivo sobre a morte do jornalista Dalmo Cúrcio (56), falecido na última sexta-feira. Na manhã de sábado o velório foi interrompido por determinação policial e o corpo removido para o IML (Instituto Médico Legal) de Paranaíba para perícia. Não há informações sobre os motivos deste procedimento porque as primeiras notícias indicavam que ele teria sofrido um infarto. O resultado da perícia será encaminhado ao delegado titular de Cassilândia Rodrigo de Freitas.
DEIXARÁ SAUDADES – A exemplo da maioria dos jornalistas de Mato Grosso – e do Brasil – Dalmo Cúrcio encerrou sua vida trabalhando muito para conseguir ter uma vida digna e pagar suas contas. Tocar um jornal impresso desde os anos 80 não é uma tarefa para amadores porque o papel é caro e as gráficas só entregam o produto mediante pagamento. Bater nas portas de prefeituras, câmaras, Assembleia Legislativa e o Governo do Estado oferecendo o serviço está cada vez mais difícil devido a proliferação de veículos de comunicação e a evolução da mídia virtual e redes sociais.
CARAVANA PARA BRASÍLIA – Conheci com mais proximidade o jornalista Dalmo Cúrcio em 2012, quando o comendador Júlio Alves Martins foi agraciado com uma comenda em Brasília a personagens que fizeram parte do desenvolvimento da região Centro Oeste do Brasil. O pioneiro contratou os jornalistas Cesar Rodrigues (chapadensenews.com.br) / Adejair Morais (ocorreionews.com.br) / Dalmo Cúrcio (Cassilândia Jornal). Como a grana era curta e os três tinham compromissos foram num único carro para Brasília, dividindo os custos de abastecimento.
GRANA CURTA – Aparentemente a decisão foi acertada, mas ao chegarem na Capital Federal só tinha vagas em hotéis de alto padrão. Como não eram bancados por diárias a única opção foi meter a mão no bolso e pegar um quarto coletivo com três camas e encarar os roncos alheios numa boa. Cobriram a merecida homenagem ao comendador Júlio Alves Martins num sofisticado Buffet destinado à autoridades junto ao Lago Paranoá. Missão cumprida, pagaram a diária e voltaram pela BR-060 em direção a Chapadão do Sul.
GASTO DE COMBUSTÍVEL FOI ALÉM DO PLANEJADO – Chegaram ao município quase duros após tantas paradas de reabastecimento, lanches, almoço e as diárias do hotel. Somente na viagem de volta descobriram que a Eco Sport do Adejair “bebia mais que gambá”, quase estourando o orçamento. Na prática a viagem serviu mais como momento único de confraternização entre colegas e profissão. Já em solo sul-chapadense “encontrei” (Cesar) o comendador num supermercado da cidade todo feliz com mais uma homenagem no currículo. Como ele teve a delicadeza de perguntar se a grana fora suficiente, fui sincero ao dizer que deu apenas para chegar. Generoso e satisfeito com o serviço prestado ele fez uma pequena correção no orçamento final.
“Dalmo saiu do jornalismo, mas ficará em nossas lembranças para sempre”. Vai em paz meu amigo
Cesar Rodrigues