Diante dos casos confirmados de Influenza em Mato Grosso do Sul- que conforme o último Boletim Epidemiológico já são mais de 80 – a Secretaria de Estado de Saúde (SES) orienta a população sobre os cuidados para evitar o contágio da doença e também a disseminação do vírus. Outra recomendação da SES é sobre os primeiros sintomas. A doença pode matar e por isso é importante estar atento aos sinais iniciais da gripe.
Pacientes com tosse, febre, dor de garganta e dores nas articulações, dores musculares ou de cabeça devem procurar atendimento médico com urgência, em especial os que possuem alguma comorbidade, como os doentes crônicos ou imunodeprimidos.
Com a baixa umidade relativa do ar e com a proximidade do inverno, problemas respiratórios surgem com mais frequência. Os sintomas da Influenza (H1N1, H3N2 e Influenza B) podem ser, em alguns casos, confundidos com doenças do trato respiratório comuns a essa época do ano. “Por isso é determinante consultar um médico que irá avaliar os sintomas e solicitar o exame para confirmar o diagnóstico”, explicou a diretora geral da Atenção à Saúde da SES, Mariana Croda.
Ações rotineiras e hábitos simples podem diminuir a circulação do vírus da gripe. Confira quais eles, conforme a orientação da SES: higienizar as mãos com frequência, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, higienizar as mãos após tossir ou espirrar, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal, evitar aperto de mãos, abraços e beijo social, reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração, evitar também visitas a hospitais e ventilar os ambientes.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, até essa segunda-feira (17.06), 22 pessoas morreram por complicações da Influenza em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Inocência, Rio Verde de Mato Grosso, Campo Grande, Porto Murtinho, Mundo Novo, Água Clara, Naviraí e Bonito.
Municípios
É de responsabilidade dos municípios- das Secretarias Municipais de Saúde- a disseminação do Protocolo de Tratamento de Influenza- 2017. Entre as atribuições estão também a divulgação ampla à população das medidas preventivas contra a transmissão do vírus (etiqueta respiratória e lavagem das mãos) e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis. O município deve ainda notificar e tratar os casos que atendam a definição de Síndrome Respiratória Aguda Grave independente de coleta ou resultado laboratorial.
O antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu, está disponível em todo o Estado gratuitamente, e o seu uso no início dos primeiros sintomas da gripe é fundamental para prevenir o agravamento dos casos. Porém, existem critérios pré definidos pelo Protocolo de Tratamento de Influenza que devem ser seguidos.
Resfriado e Influenza
O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.
O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e
sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.
Luciana Brazil, Secretaria de Estado de Saúde.
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