Quadrilha lucraria R$ 1 milhão com furto de 570 cabeças de gado no Pantanal

A quadrilha presa por suspeita de furto de gado receberia R$ 1 milhão pela venda das 570 cabeças furtadas. Cinco pessoas, que agiam na região do Pantanal, foram apresentadas pelo Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) nesta segunda-feira (11).

O furto ocorreu na Fazenda Capão Verde, zona rural do município de Corumbá, a 444 quilômetros da Capital. Para o furto, o grupo contou com a ajuda do capataz da fazenda, Thiago Belardo dos Santos, 24 anos, que permitiu a entrada dos criminosos na fazenda.

Além do capataz, foram presos Gedalvo José Braz, 57 anos , Nivaldo Leite Ribeiro, 49 anos, João José Araújo Júnior, 35 anos e Valdeir Gassi Pereira, 33 anos.

De acordo com a Polícia Civil, Gedalvo foi o mentor do furto e apresentou o restante da quadrilha ao capataz. Nivaldo e João Júnior foram os responsáveis pelo embarque e desembarque do gado e Valdeir cedeu um de seus veículos para o transporte, além de receptar os gados.

A ação foi feita em dois dias e os suspeitos levaram dois meses para arquitetar o plano. Os suspeitos foram ao local fingindo interesse em comprar a propriedade e, ao ver que seria fácil furtar o gado, convenceram Thiago a ajudar no plano. Dois caminhões e dois veículos de passeio foram usados para o transporte e a entrada da fazenda foi cascalhada para facilitar a entrada dos veículos.

Das 570 cabeças de ghado furtadas, apenas 13 foram recuperadas. O grupo também é suspeito de participação em um outro furto de gado ocorrido na Fazenda Primavera, no mês de abril, onde foram furtados 264 cabeças de gado.

O delegado Fábio Peró disse que o crime de furto de gado é comum porque não é preciso comprovar a posse do gado. “O que fomenta esse tipo de crime é que os suspeitos podem emitir uma nota no Iagro [Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal] de estoque virtual. Uma vez furtado o gado, estando em uma propriedade clandestina, consegue emitir nota e vender com dados falsos”, disse.

Os cinco envolvidos foram indiciados pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado. O titular do Garras, Edilson dos Santos disse que as diligências continuam para localizar o restante do rebanho furtado e localizar os motoristas e veículos utilizados no crime.

 

Fonte: Correio do Estado