A produção da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul deve alcançar 9,5 milhões de toneladas, conforme anunciado durante o lançamento da colheita do milho nesta quinta-feira (6) na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado) em Campo Grande. O montante é 6% maior que a previsão inicial de 9 milhões de toneladas, o que para os produtores já é considerada a maior safra da história.
Inicialmente a expectativa era de 78,2 sacas por hectare, mas esse número pode chegar a 85 sacas por hectare. Para os produtores os números demonstram melhorias nas técnicas de plantio, principalmente na qualidade do solo e das sementes usadas. A área dedicada ao plantio dessa super safra foi de 1,9 milhão de hectares. A produção é considerada a terceira maior produção de milho do Brasil e corresponde a 10% da produção nacional na segunda safra.
Segundo dados divulgados pela Famasul, 67,41% dessa produção será destinado ao mercado doméstico. Atualmente o preço médio da saca do milho é de R$ 25,40, ou seja, 24% menor do que o valor de R$ 33 cobrado em maio de 2018. Além disso, pelo menos 34% do milho que será colhido já foi comercializado e do total a ser exportado, 61% vai para o Irã.
O primeiro a discursar no evento da Famasul nesta quinta-feira foi o presidente da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja/MS), Juliano Schmaedecke, que destacou a influência do resultado esperada em outros setores. “Esses ótimos números vão ajudar no setor de suínos aves e pecuária, além de contribuir para que haja carne de melhor qualidade gerando emprego e melhorando a renda dos produtores”, disse.
Já o presidente da Famasul Maurício Saito atribuiu o resultado aos estudos científicos desenvolvidos para que se obtivesse o melhor resultado. “Essa é uma expectativa otimista porque foi baseada na ciência e no fortalecimento de pesquisas e por isso conseguimos essa super safra”, enfatizou.
“A preocupação é com o escoamento dessa produção de milho, já que pela superprodução não podemos perder tempo na hora de escoar esses produtos”, comentou Schmaedecke.
Presente na ocasião, o governador Reinaldo Azambuja reconheceu a necessidade de aperfeiçoar a logística sul-mato-grossense. “Existe preocupação do governo em melhorar a logística tanto por portos, rodovias e ferrovias para garantir que esse produto siga de maneira rápida e de qualidade para quem for comprar essa safra”, disse Azambuja.
Ainda segundo Azambuja, o resultado da supersafra revela a eficiência da tecnologia e da qualidade na produção de milho no estado. “Isso abre muitas oportunidades no mercado de MS. O desafio é sempre acertar produtos de mais qualidade e também melhorar a fiscalização sanitária também do produto vegetal”, destacou.
*Campo Grande News