Algodão de Chapadão esta 100% colhido produção foi acima de 310@

Todo o algodão semeado no município de Chapadão do Sul está 100% colhido, e médias apontam para uma produtividade, até momento, superior a 310@/ha de algodão em caroço. A Região está agora no período do Vazio Sanitário que se iniciou no último dia 15 de setembro e termina em 30 de novembro, período este onde temos que manter as áreas sem presença de plantas vivas de algodão afim de evitarmos a multiplicação de pragas e doenças que possam sobreviver e se reproduzir em plantas remanescentes e/ou naquelas venham a germinar.

O Campo Demonstrativo de Cultivares, conduzido pela Ampasul, do município de Chapadão do Sul foi semeado no dia 23 de janeiro de 2015 após a colheita da soja – sendo assim uma área de algodão segunda época – com solo de fertilidade média e manchas de fertilidades também ficaram evidentes no decorrer do cilo da cultura, usou-se como adubação de base 200 kg de MAP, o espaçamento utilizado é de 80 cm entre linhas e semeadura foi feita com 137 mil sementes por hectare, a germinação de cada cultivar utilizada teve variações algumas chegando a causar certa preocupação por ser muito baixa, mas o estabelecimento da cultura foi possível, na fase inicial da condução do campo ocorreram chuvas intensas oque dificultou o controle de plantas daninhas e fez com que o algodão tivesse um desenvolvimento inicial mais lento, após o mês de fevereiro de 2015 as condições climáticas mantiveram se favoráveis e a condução da cultura seguiu normalmente, a intensidade do ataque de pragas foi mais evidente na cultivar não -Bt que sofreu forte ataque do complexo de lagartas [Heliothinae (Helicoverpa armigera e Heliothis virescens) e Spodoptera spp.), chegando a causar danos no sistema apical do algodoeiro a qual causou bifurcação de algumas plantas, porém o uso desta cultivar tem sua importância pois auxilia na implantação do refúgio, nos outros materiais o ataque de lagartas foi contido pelas tecnologias Bt presentes em cada material, necessitando intervenção apenas no controle de doenças e bicudo, o controle de bicudo em bordadura teve uma boa eficiência e a praga não foi detectada na área.

Dentre as nove cultivares analisadas o destaque em produtividade ficou para as seguintes: a TMG 82 WS que obteve a maior produtividade 297@/ha de algodão em caroço e apresentou no campo um bom desempenho mantendo uma uniformidade de plantas, estruturas reprodutivas bem distribuídas e provavelmente devido a sua tolerância a nematoides e ramulária obteve uma maior retenção foliar até o final do ciclo o que propiciou um peso médio de capulho de 5,54 gramas.

Na sequência, desempenhou a cultivar TMG 81 WS que obteve média de 272@/ha de algodão em caroço, o seu desempenho foi semelhante a TMG 82 WS porém notou-se uma retenção foliar menor e apesar de um número bom de maçãs o peso médio do capulho da 81 ficou em 4,42 gramas.

A cultivar FM 975WS ocupou o terceiro lugar, sendo esta a cultivar padrão plantada pelo produtor onde o campo foi instalado ou seja é a cultivar testemunha regional; no campo conduzido ela apresentou uma média de 270 @/ha de algodão em caroço, média esta idêntica ao restante do talhão comercial semeado com a mesma cultivar FM 975WS, o que demostra que apesar da colheita ter sido feita de forma manual o resultado final foi bem próximo a realidade do restante da área onde foi feita a colheita mecanizada.

A FM 975WS é hoje a cultivar mais cultivada em todo o Estado e também no Brasil e vem apresentado ao longo dos últimos anos uma boa estabilidade e adaptação a diferentes micro-climas e manejos.

As outras cultivares acompanhadas no campo não superaram as cultivar parâmetro (FM 975WS) algumas tiveram desempenho bem abaixo do esperado como é o caso da TMG 42WS, FM 940GLT, TMG 47B2RF 3e FM 913 GLT estas apresentaram baixa retenção de estruturas reprodutivas na média abaixo de 75 maçãs por metro linear, plantas de porte reduzido e peso médio de capulho na faixa de 4 gramas.

A cultivar TMG 46B2RF alcançou média de 238@/ha e ficou em quarto lugar no quesito produtividade, aparentemente tem um potencial produtivo que pode ser visivelmente aumentado caso seja semeada em solos com fertilidades maiores e mantenha uma população mais adequada, pois esta e a cultivar TMG 47B2RF apresentaram após plantio uma germinação baixa na casa de 60%, lembrando que as sementes foram doadas pelas empresas produtoras e algumas destas tiveram problemas na hora da entrega dentro do prazo estipulado, e a Ampasul optou pelo plantio das mesma mesmo sabendo dos possíveis problemas que poderia ter na germinação.