O jovem Lucivan Rodrigues dos Santos, de 21 anos, suspeito de fazer apologia ao crime, deboches e ameaças a policiais na internet, foi preso no sábado (26), em Campo Grande, após três meses de investigação. Ele era procurado desde o fim de junho por postagens ilícitas no Facebook com dinheiro, droga, arma e munição. O G1 não conseguiu contato com a defesa.
A prisão foi no Jardim Noroeste, bairro na saída para Três Lagoas, por volta das 18h (de MS). Em algumas mensagens direcionadas ao policial militar da reserva Geter Ostemberg, que também foi ameaçado, o suspeito chegou a mencionar o nome do bairro, disse que mandava na região e que não tinha polícia no local.
Policiais militares do 9º Batalhão do serviço reservado participaram da prisão com apoio do pelotão do Parque dos Poderes e Margarida. Em julho, o delegado João Paulo Sartori, da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), que investigava o caso, chegou a suspeitar que o perfil usado para ameaças pudesse não pertencer ao suspeito.
Na época, Sartori disse que a foto e o nome usados no perfil investigado correspondem a mesma pessoa, que tem 21 anos e passagens policiais, mas a polícia não podia atribuir a ele a autoria das mensagens antes de ouvi-lo em depoimento.
Buscas e ameaças
Em uma das mensagens deixadas ao policial, o perfil em nome do suspeito postou uma imagem que faz referência ao Coringa, personagem do filme do Batman. No texto, ele diz que “a polícia vai paga por ter prendido meu irmão (sic)” e também chama os policiais de “mauditos (sic)”.
Durante buscas ao suspeito, a polícia prendeu o irmão dele por tráfico de drogas, no Jardim Noroeste, em Campo Grande. Na época, o preso negou que o irmão usasse o perfil para fazer ameaças e disse que as mensagens foram postadas por outra pessoa, que queria prejudicá-lo.
Apesar da suspeita, o irmão não soube apontar quem estaria usando o perfil falso. Em outra busca na casa indicada por testemunhas, Lucas Barreto Pericena, 20 anos, foi preso por tráfico de drogas, depois de jogar papelotes de pasta base de cocaína contra os policiais da Denar. A situação aconteceu durante abordagem no Jardim Noroeste.
Pericena estava em uma casa indicada por testemunhas como local onde o suspeito frequentava. Ele disse ao G1 que não conhece o suspeito e que jogou a droga nos policiais porque se assustou. “Fiquei com medo, não sabia que eram policiais, achei que era inimigo”, justificou, dizendo que as “tretas com inimigos são de festas e shows”.
G1-MS