Era domingo, dia das mães, 11 de maio de 1980, o governador Marcelo Miranda Soares assina a Lei número 76 e cria o Município de Costa Rica – MS. O ato foi publicado no Diário Oficial no dia 12 de maio de 1980. Costa Rica passa a ter independência político-administrativa e autonomia para desenvolver-se.
Nesta época a população de Costa Rica acumulava diversas reivindicações. Não existiam serviços essenciais tais como: rede de energia elétrica, água potável na torneira, telefone, televisão. Ao longo dos anos 80’ Costa Rica foi se estruturando como cidade, com a construção de prédios públicos, as primeiras ruas asfaltadas, instalação de redes de água e esgoto, energia elétrica, telefone.
Costa Rica floresceu nos últimos 39 anos. No entanto, a história da cidade teve início nos anos 60’. Confira abaixo um pouco desta história de coragem e perseverança.
1956 – Construção da ponte sobre o Rio Sucuriú
Sebastião Carrijo dos Santos chegou à região das Fazendas São Luiz e Imbirussú – atualmente Costa Rica – enquanto transportava mudanças em seu caminhão. Vindo de Mineiros – GO, se encantou pela terra, comprou duas fazendas, e para facilitar o acesso à propriedade, idealizou a ponte sob o Rio Sucuriú. Com apoio dos vizinhos fazendeiros, concluiu a ponte em 1958. A construção da ponte sobre o Rio Sucuriú se tornou um marco para o início da cidade de Costa Rica.
1958 – Primeiros moradores
Após a conclusão da ponte, Antônio Rodrigues Nogueira instala um comércio na edificação de apoio aos trabalhadores. Com aval de José Ferreira da Costa, proprietário da área. Após alguns meses, Antônio percebe a necessidade de criar outros espaços para receber as pessoas que passavam pelo bar, os fregueses precisavam de hospedagem e refeição. Antônio e José convidam Isidoro Rodrigues Nogueira e sua esposa Joana Ferreira Gomes para construírem uma pensão.
A segunda hospedaria veio logo em seguida, novamente com aval de José Ferreira da Costa, outro casal – Sebastião Vieira de Souza (Lico) e sua esposa Maria inauguram uma nova hospedaria com comércio de secos e molhados, a pensão Bom Fim.
As primeiras construções foram feitas de madeira e palha. Rapidamente o local se tornou uma pequena vila. Em 1961, José Ferreira da Costa e sua esposa Maria Tosta Barbosa foram ao cartório de Camapuã solicitar o registro do patrimônio de Costa Rica.
Em 1963 após o inventário da fazenda Imbirussú, José Ferreira da Costa doa 236 hectares para a criação da cidade de Costa Rica. De acordo com o inventário, José era herdeiro de Jovelina Carvalho de Souza, sua primeira esposa com quem teve sete filhos, Jovelina morreu em 1941.
José casou-se com Maria Tosta Barbosa, e teve três filhas. Maria também era viúva e tinha oito filhos do primeiro casamento. Juntos formaram uma grande família.
José Ferreira da Costa foi visionário na criação de Costa Rica. De acordo com sua filha Ataíde Sebastiana da Costa, desde o início ele dizia: “vamos fazer uma cidade aqui. Não quero que vocês passem as dificuldades que nós passamos”.