O boneco inflável apelidado de Pixuleco se destaca, neste domingo (27), na paisagem do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A ação é organizada pelo Movimento Pátria Livre, que coleta assinaturas para projeto de lei de iniciativa popular proposto pelo Ministério Público Federal (MPF). No Estado, ao menos 16,4 mil pessoas já assinaram o manifesto que lista 10 medidas contra a corrupção, dentre elas a que torna crime hediondo a corrupção de altos valores.
Cinco seguranças foram contratados para proteger o polêmico boneco que, vestido de presidiário, representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No centro de seus 15 metros de altura é possível observar a inscrição “13-171”, números alusivos ao Partido dos Trabalhores e ao artigo do Código Penal que trata do crime de estelionato, ou seja, quando se obtém vantagem ilícita induzindo ou mantendo alguém em erro por meio fraudulento.
Pixuleco, por sua vez, seria termo utilizado pelo ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, sobre propina arrecadada das empresas pela Petrobras. As declarações fazem parte da Operação Lava Jato, em que a Polícia Federal investiga o maior caso de corrupção do país.
Segundo a porta-voz do Movimento Pátria Livre no Estado, Fabrícia Salles, o símbolo reforça a coleta de assinaturas ao projeto de lei contra a corrupção. Os documentos necessários, neste caso, são nome completo, do pai e mãe, CPF, título de eleitor, assim como indicação do domicílio eleitoral. “Ficaremos aqui até escurecer”, ressaltou.
O reforço na segurança do boneco se justifica depois de tentativas de destruí-lo em São Paulo (SP) e Caxias do Sul (RS), onde este chegou a ser perfurado por manifestantes contrários a iniciativa do Movimento Brasil. Por isso, costureiras também são mantidas de prontidão em todas as cidades. Até o momento, o Pixuleco percorreu cerca de 9,5 mil quilômetros e o próximo destino ainda deve ser definido entre Belo Horizonte (MG) ou Rio de Janeiro (RJ).
Correio do Estado