Estudante de MS que catou latinhas consegue comprar notebook para escrever TCC: ‘Estou muito feliz’

Latinha por latinha, Gabriel Jard, de 21 anos, conseguiu o objetivo: comprar um notebook para escrever o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). De Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense, a história dele “ganhou o mundo” há quase três meses, quando o estudante fez uma postagem nas redes sociais.

Em pouco tempo, foram centenas de compartilhamentos e até gente de outros estados, pedindo para ele criar uma conta e o parabenizando pelo esforço. “Ele conseguiu comprar o computador na semana anterior e foi para aula com ele hoje.

stou muito feliz e orgulhosa”, disse ao G1 a mãe de Gabriel, a professora Waldirene da Silva Farias Jard, de 42 anos.

Sem emprego e no 6º semestre de educação física, o estudante pretendia arrecadar ao menos R$ 2 mil e por isso percorreria as ruas da cidade durante a noite. “Tentei fazer alguns bicos, mas, infelizmente não consegui. Meus pais sempre se esforçaram para me dar o melhor, mas, pela minha idade, já está no momento de eu sentir o peso das responsabilidades. Quem quer vai a luta”, comentou na ocasião.

Acadêmico vende latinhas para comprar notebook e escrever TCC, em MS. — Foto: Facebook/Reprodução
Acadêmico vende latinhas para comprar notebook e escrever TCC, em MS. — Foto: Facebook/Reprodução

Antes desta aquisição, Gabriel já tinha catado latinhas, em dezembro do ano anterior, para comprar uma bicicleta e ir ao estágio. Na época, ele acabou ganhando o veículo e parou de andar de ônibus. Naquele período, o jovem também vivenciou experiências marcantes e as descreveu nas redes sociais, ressaltando que “este é um trabalho digno como qualquer outro”.

Sobre o TCC, Gabriel conta que o tema será um projeto circense que ele monitora e é direcionado para a comunidade acadêmica.

Gabriel Jard agradece apoio em rede social para juntar dinheiro e comprar computador, em Corumbá. — Foto: Facebook/Reprodução
Gabriel Jard agradece apoio em rede social para juntar dinheiro e comprar computador, em Corumbá. — Foto: Facebook/Reprodução

 

Por Graziela Rezende, G1 MS