Cana-de-açúcar processada cresce 5,4% e soma 49,5 milhões de toneladas

A colheita da safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul para o ciclo 2018/2019 foi finalizada oficialmente nesta segunda-feira (22). Em razão das peculiaridades do clima, as usinas do Estado colhem a matéria-prima, durante todo ano, enquanto em algumas regiões brasileiras o período é considerado entresafra.

Houve um crescimento de 5,4% no volume de produção em relação a safra 2017/2018, totalizando 49,5 milhões de toneladas processadas. Os números mantêm o estado na 4ª posição de volume produzido e como 5º colocado na produção nacional.

“Em termos de produção, os produtores sul-mato-grossenses se mantêm entre os cinco primeiros, há quatro safras seguidas”, pontua Hollanda.

A produção de etanol superou as expectativas do ciclo passado e cresceu 10%, passando de 75% para 85%, enquanto a matéria-prima destinada ao açúcar diminiu na mesma proporção.

“É importante relembrar que o mercado mundial passou por um momento delicado ano passado, e os principais países concorrentes do Brasil subsidiaram preços, o que derrubou as cotações e frustrou as expectativas dos produtores brasileiros. O impacto foi sentido diretamente no índice das exportações nacionais que registrou uma retração de 55%, em relação a safra 2017/2018”, pontua o dirigente.

ETANOL EM ALTA

O ciclo 2018/2019 registrou uma produção de 3,27 bilhões de litros de etanol para o Estado. O crescimento regional frente aos demais produtores do sul, sudeste e centro-oeste foi maior que 30%, visto que o crescimento de Mato Grosso do Sul obteve 24,5%, contra 18,6% no Centro-Sul.

“Reforçando a questão particular do Estado, é importante destacar que enquanto em outras localidades existe um período bem definido para colheita, aqui é possível colher durante todo o ciclo. Um exemplo foi a reta final, entre dezembro do ano passado e março deste ano, quando foram processados 6,8% da cana plantada”, revela Hollanda.

A perspectiva para a safra 2019/2020 é manter o bom momento da produção de etanol, considerando o aumento da área dedicada ao plantio.

“A expectativa inicial é de conseguirmos um aumento de 3% no volume de produção, tendo em vista a renovação dos canaviais e os investimentos das usinas no aumento de plantio. Os dois fatores contribuíram no aumento da área que será de 819 mil hectares, estimando assim um volume de 51 milhões de toneladas”, acrescenta o presidente da Biosul.

 

 

*Correio do Estado