Condenado de matar a mulher com tábua de carne é preso por tráfico

Condenado a 16 anos de prisão em agosto do ano passado por matar a mulher de 22 anos a golpes de tábua de carne, mas cumprindo a pena em liberdade, Gelvio Nascimento Rosseto, 29 anos, foi preso por direção perigosa de veículo e tráfico de drogas. O flagrante aconteceu por volta das 23h de ontem (20), no cruzamento das ruas Santa Izabel com a Santo André, na Vila Nasser, em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, a Polícia Militar fazia rondas na região do Bairro Santa Luzia, quando deu ordem de parada a Gelvio que seguia numa Yamaha YBR vermelha. Porém, o rapaz não obedeceu, tentou fugir arrancando em alta velocidade e furando vários sémaforos. Houve perseguição e depois de quase cinco minutos, o autor foi abordado na Rua Doutor Miguel Vieira Ferreira tentando entrar na casa dos seus pais.

Durante a abordagem, Gelvio passou a gritar para chamar a atenção dos pais dizendo: “A polícia está aqui. Eu não fiz nada, sou apenas usuário de drogas”. A polícia já havia recebido denúncia anônima informando que Gelvio traficava drogas na região. O pai dele acompanhou o trabalho dos militares e autorizou a entrada da PM na residência para vistoria.

No quarto do rapaz foram encontrados porções e tablete de maconha. Em cima da cômoda havia uma faca com restos da droga, além de um rolo de plástico usado para embalar o entorpecente. Sobre uma mesa na varanda, também foi localizada porção de cocaína. Questionado, Gelvio relatou que é dependente químico e normalmente compra droga em grande quantidade para o seu consumo. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Em agosto do ano passado, Gelvio foi condenado a 16 anos de prisão por matar a mulher, Luana de Campos Grecco. O corpo dela foi encontrado no dia 31 de agosto de 2016 em estado de decomposição na casa onde vivia com o autor, na Rua São Thomas, na Vila Santa Luzia. Tábua de cortar carne partida ao meio, suja de sangue e com cabelos da vítima, foi localizada em um dos cômodos. No mesmo dia em que o crime foi descoberto, Gelvio foi preso em flagrante na casa dos pais. O rapaz afirma que não cometeu o crime.

Segundo a defesa, as provas dos autos, tais como laudo pericial, indicam que o rapaz não matou Luana. Por não concordar com o resultado do julgamento, a defesa entrou com recurso, em outubro do ano passado, de apelação criminal (requerendo novo júri, alegando que a decisão do Conselho de Sentença pela condenação de Gelvio foi contrária às provas dos autos). O pedido aguarda decisão. Gelvio cumpria a pena em liberdade.

 

 

*Campo Grande News – Viviane Oliveira