Mato Grosso do Sul encerrou a safra 2018/2019 de soja com o terceiro maior número de casos de ferrugem asiática do país, com 54 ocorrências. Segundo dados tabulados pelo G1 do Consórcio Antiferrugem – a parceria público-privada que atua no combate a doença, somente o Paraná, com 58 registros e o Rio Grande do Sul, com 127, contabilizaram uma quantidade maior de focos nesta temporada.
Entretanto, frente a safra anterior, 2017/2018, quando foram 114 ocorrências nas lavouras sul-mato-grossenses, houve neste ciclo uma redução de 52,6%.
Além de Mato Grosso do Sul estar entre os que mais registraram casos, Chapadão do Sul, no nordeste do estado, foi o município com a maior quantidade de focos do Brasil nesta safra, 32. Outra cidade sul-mato-grossense, Maracaju, também aparece entre as cinco com maior incidência, justamente na quinta posição, com 8 casos. Entre os dois municípios sul-mato-grossense estão três cidades gaúchas: Lagoa Vermelha, em segundo, com 12; Muitos Capões, em terceiro, com 10 e Ibiruba, em quarto, com 9.
Neste ciclo, Mato Grosso do Sul registra casos da ferrugem em 13 municípios:
- Chapadão do Sul: 32
- Maracaju: 8
- Laguna Carapã: 3
- Sidrolândia: 2
- Amambai: 1
- Antonio João: 1
- Bonito: 1
- Caarapó: 1
- Campo Grande: 1
- Dourados: 1
- Jateí: 1
- São Gabriel do Oeste: 1
- Sonora: 1
O que é a ferrugem asiática
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.
Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.
Por Anderson Viegas, G1 MS