De acordo informações da radio Sagres, um adolescente de 12 anos foi apreendido nesta segunda-feira (25) depois que uma denúncia chegou até a polícia de que o menor teria feito ameaças a uma escola municipal no Parque Amazônia, em Goiânia.
De acordo com o titular da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Luiz Gonzaga Júnior, a coordenação da Escola Municipal Jesuína de Abreu foi pessoalmente até a delegacia fazer a denúncia, baseada em mensagens trocadas pelo adolescente com a namorada por um aplicativo de mensagens.
“Teve uma conversa, uma brincadeira de mau gosto desse adolescente na escola. Ele já foi repreendido, os responsáveis legais não tinham conhecimento. Mas nada que gere uma situação de alarme”, afirma o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, foram encontradas mais mensagens entre o adolescente, um familiar e um colega, nas quais estariam combinando um ataque à escola. Luiz Gonzaga Júnior diz que o menor está arrependido do que fez.
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“Ele tinha enviado algumas mensagens para uma colega de sala, ele e mais um outro colega, mas ele falou que não passou de uma brincadeira de mau gosto, estava arrependido, veio acompanhado do responsável legal, mas é claro que a polícia tem que intervir de forma enérgica”, acrescenta.
Nas mensagens, o adolescente se dirige à suposta namorada dizendo que “o massacre está mais perto do que vocês ‘pensão’”, “E ninguém vai ‘escapa’ vivo nem mesmo vc”.
Uma audiência já foi marcada junto ao Ministério Público Estadual (MPGO), mas segundo o delegado, a data não pode ser informada, por questões de segurança. “O caso já foi resolvido, e que não para alarmar a escola. As providências já foram tomadas”, pontua.
Desde o massacre em Suzano, na grande São Paulo, três adolescentes já foram apreendidos em Goiás por conta de supostas ameaças de massacres em escolas. O primeiro foi em Pontalina e outro em Bom Jesus de Goiás. No entanto, segundo o delegado, o caso da Escola Municipal Jesuína de Abreu foi diferente.
“Em Pontalina creio que foi uma situação um pouco diferente, até mais grave, porque ali mesmo o adolescente chegou a ingressar alguns dados, de adquirir arma, não era de fogo mas poderia produzir alguma lesão ou até matar alguém, máscaras, entre outras coisas. Nesse adolescente, não, foi mais uma questão verbal, mas já foi interceptado logo no início pela polícia”, conclui.
O adolescente foi responsabilizado por ato infracional de apologia a crime. O responsável legal já assinou termo de responsabilidade e o menor deverá se apresentar na audiência junto ao MPGO. A reportagem não conseguiu contato com a direção da escola.
PlantãoJTI