Grupo Mulheres de Mãos Dadas mobiliza população de Costa Rica na Caminhada Contra o Feminicídio

O Grupo Mulheres de Mãos Dadas, criado por moradoras de Costa Rica, mobilizou mais de 4.000 pessoas diante da informação da Policia Militar e Corpo de Bombeiros, a Caminhada Contra o Feminicídio realizada no final da tarde desta quinta-feira, no centro da cidade. O grupo se reuniu por volta das 17 horas na Avenida José Ferreira da Costa, e seguiu até nas imediações da pizzaria onde Edinalva Ferreira Melgaço, de 34 anos, foi morta de forma cruel pelo ex-marido José Cláudio Neres de Melo, preso em flagrante. Familiares dela e de Ana Paula Marçal, assassinada em setembro do ano passado, também participaram do ato amigos e familiares de Shirley Alves, de 32 anos foi brutalmente assassinada em novembro 2016, e familia e amigos de Irenice da Cruz de 50 anos foi assasinada em julho 2018. Todo o percurso foi acompanhado por equipes da Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros.

 

Segundo Liliane Campos, uma das organizadoras do grupo e da caminhada, tudo partiu da ideia de fazer um protesto pequeno, mas as pessoas reconheceram a importância da causa e o movimento tomou grandes proporções. “A intenção é mostrar o caminho para as mulheres agredidas, que são vítimas de assédio moral em casa. Há um caminho para elas seguirem, o município dá apoio com o Cras, tem uma equipe de psicólogos e advogados que vão ajudá-las. Queremos dar a orientação adequada, para que isso não volte a acontecer”, disse.

vereadora Rosângela Marçal lembrou que, apesar do luto pela dor causada pela violência, é momento de mostrar que a sociedade civil organizada é capaz de combater os agressores. “Nós do Legislativo temos procurado desenvolver projetos em prol das mulheres da nossa cidade, para que elas não caiam no esquecimento e estejam conscientes de seu direito. Muitas ainda têm medo de relatar os abusos. Estamos imbuídos nessa causa e vamos continuar com o trabalho em busca de dar mais estrutura para nossas mulheres de Costa Rica”, destacou.

O tenente Samuel Pedroso Borges, comandante do Corpo de Bombeiros, parabenizou as mulheres de Costa Rica pela iniciativa. “Essa movimentação mostra que a população está descontente com tais acontecimentos [feminicídios]. E o Corpo de Bombeiros está aqui para apoiar esta luta em favor do direito das mulheres e da não violência. É preciso haver mais respeito, para que nós [bombeiros] não tenhamos o desprazer de atender ocorrências tristes como estas”, disse o militar.

 

 

 

 

Fonte: MS TODO DIA