Filha de PM assistia vídeos no celular antes de atirar na própria cabeça em MS

A Polícia Civil investiga a morte de uma menina de 11 anos, em Mundo Novo, a 458 km de Campo Grande. O fato ocorreu na noite desse domingo (17), na casa onde ela morava com os pais. A perícia esteve no local e o corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) em Dourados, na região sul do estado.

“A investigação se estendeu até esta madrugada e ainda consta como morte a esclarecer. A arma de fogo é uma taurus .40, que não é de fácil manuseio. A pessoa precisa ter uma certa habilidade para carregá-la e, em tese, possui um ferrolho bem pesado e que teria sido manipulado mais de uma vez. Precisamos, antes de tudo, aguardar o laudo da perícia”, afirmou ao G1 a delegada Alana Zarelli, responsável pelas investigações.

Em uma conversa informal no imóvel, a mãe da vítima falou que ela tinha muito orgulho pelo fato do pai ser policial militar, porém nunca teve contato com a arma. “Nós recolhemos o aparelho celular da adolescente, além do computador e outro objetos. Hoje serão ouvidos um casal de amigos que estavam na casa, na sala e tomando chimarrão em companhia dos fatos, além de pedirmos para o juiz a quebra de sigilo do celular, bem como encaminhar arma para perícia e solicitar exame do resíduo de pólvora”, explicou Alana.

Os pais devem prestar depoimento na terça (19). Ainda conforme a polícia, a mãe está muito abalada e o pai precisou ser internado, já que é diabético e teve um ataque cardíaco. “A mãe nos falou poucas palavras, ressaltando que o pai chorou muito e não aguentou ficar no local, sendo necessária a internação. Ela também disse que houve uma pequena discussão com a menina, já que ela reclamou do barulho e preferiu assistir um vídeo pelo celular, quando a mãe pediu pra ela voltar pra sala e ficar com a família e convidados. No entanto, a mãe fala que não percebeu nada de diferente na menina”, finalizou a delegada.

Por Graziela Rezende, G1 MS – Foto Rede Sociais.