O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), teria sido sido ameaçado por meio de ligações telefônicas, horas antes de interferir na gestão do Hospital Federal de Bonsucesso, segundo relatos de médicos da unidade ao jornal Extra, do Rio de Janeiro.
O hospital chegou a passar, na terça-feira (5), por uma varredura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para garantir a segurança de Mandetta em visita prevista para quarta-feira (6), mas que acabou não ocorrendo.
Segundo o jornal carioca, os agentes da Abin estiveram no Hospital de Bonsucesso e, por mais de três horas, conversaram com a equipe ligada à nova direção. O objetivo era levantar o máximo de detalhes para preparar a visita de Mandetta.
Um funcionário da unidade de saúdem, que não teve a identidade revelada, relatou que os agentes estudaram a planta do hospital, traçaram rotas de fuga, dos locais críticos, pediram fotos e informações sobre a antiga diretoria. Além disso, não quiseram informar a hora da visita, nem a placa do carro que levaria o ministro.
Amigo do ministro, o oftalmologista Júlio Leão disse que a Polícia Federal investiga as supostas ameaças. “A Polícia Federal está trabalhando nesse processo. As milícias estavam comandando os hospitais federais. Ele (Mandetta) tira de letra essas ameaças”, informou.
A assessoria do Ministério da Saúde negou haver ameaças contra Mandetta e disse que os cuidados com a segurança são de praxe quando há eventos com membros do gabinete da Presidência. Na noite do dia 11 de janeiro, no entanto, horas após a festa de aniversário de 71 anos do Hospital de Bonsucesso ter acabado em protesto de pacientes e funcionários, Mandetta esteve no local acompanhado apenas de dois parlamentares.
Midiamax – Richelieu Pereira